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domingo, 24 de novembro de 2019

Final de Estágio

A última sexta-feira marcou meu último dia no Estágio Obrigatório da Pedagogia (PEAD). Agora é seguir para as finalizações referentes ao término do curso. Foram cinco anos de aprendizado e grandes desafios. Foi na Pedagogia que precisei reler e entender a literatura de Paulo Freire e seus princípios político-pedagógicos para o campo da Educação. Foi lá também que conheci autores novos como Baumann e pude aprofundar meus conhecimentos sobre Piaget e os estágios de aprendizagem.

No entanto, tudo isso fez muito mais sentido em minha prática de estágio junto à EJA. Foi com o grupo de audltos em processo de alfabetiação que pude, não só rever todos os autores e suas teorias, bem como questionar tantas outras coisas relativas ao ensino para adultos no Brasil. 
É uma engrenagem bastante complexa, se pegarmos o fio de toda a política pública que envolve a EJA e seus e pressupostos educacionais. 

Saio dessa prática docente, certamente, fortalecida como educadora, mas carente de muitas respostas, visto que a Educação de Jovens e Adultos pouco interessa aos governantes e, até à própria sociedade, que desconsidera essa lado do Brasil. Esse Brasil que não escreve, que não lê e que não existe!
Por isso, fazer parte do ensino da EJA e proporcionar aos estudantes uma forma de ler as palavras, sem desconsiderar sua rica, já existente, leitura do mundo é uma tarefa hercúlea, uma tarefa de resitência e muito amor, que tem como propósito máximo ações individuais de professores e alguns grupos escolares isolados.

Meu sonho como professora é que, algum dia, nesse país, a EJA possa ter um pouco mais de importância para o cenário educacional, pois o aluno da EJA não é só passado, é presente e futuro de uma nação. 

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