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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

FECHAMENTO

Na última segunda-feira, em nosso encontro presencial no PEAD, na interdisciplina de Seminário Integrador IV, coordenado pela professora Simone Charczuk, fizemos nossa apresentação, com nossos respectivos grupos de nossos Projetos de Aprendizagem. Foi muito interessante visualizar os mais variados temas que levantamos e  pesquisamos durante  o semestre; nossa integração e afinidades/diferenças, com nossos próprios grupos e o confronto, na apresentação oral de nossos PAs, com os outros grupos e seus temas.
O que ficou bastante claro para todas nós, é que o processo de pesquisa é inesgotável, e que a partir de uma única pergunta, ou questionamento simples, podemos abrir imensamente o leque das interrogações e dúvidas,  bem como das certezas e sugestões.
Além disso, desenvolvemos algumas formas de pesquisar práticas e elucidativas, como os mapas conceituais, as referências, assim como o registro no diário de bordo.
Interessante ressaltar que todo o processo foi se lapidando e que mesmo não estando pronto, nos aponta caminhos e nos dá um norte sobre os futuros rumos a seguir.
Concluímos, portanto, que pesquisar é tarefa salutar em nossa prática como educadores e também aprendentes que somos, de um mundo.., uma sociedade, e às vezes, até mesmo nosso pequeno grupo escolar, a qual está sempre em transformação.
Somente por meio dos mais diversos questionamentos e dúvidas é que chegaremos a algumas conclusões, que não encerram-se em si, porque muitas vezes criam e se abrem a mais e maiores indagações, que é tarefa e instrumento básico da educação, do aprender e do aprendizado que tanto queremos: crítico, construtivo e com autonomia.



sábado, 10 de dezembro de 2016

Auto-avaliação

Hoje, ao perpassar pelo moodle e revisar algumas pendências sobre atividades nas nossas quatro interdisciplinas, percebi que fizemos uma longa caminhada até aqui, e que estamos continuamente avançando em nosso aprendizado e construção do conhecimento. Obviamente, com a mediação de nossos professores e tutores, além das trocas incessantes com colegas do curso! Umas mais, outras menos, mas sempre presentes; algumas vezes nos grupos, por meio das mídias, que nós mesmas criamos, ou ainda, nas discussões nos fóruns, na escuta, no olhar, nos encontros presenciais, etc.
Me dei conta da importância de revisarmos pequenos detalhes em nossos trabalhos, textos e construções didático-pedagógicas, de usarmos as palavras apropriadas e principalmente de estruturarmos nosso discurso para aquilo que queremos transmitir, seja como educadores em sala de aula, seja como educandos, no PEAD.
Estamos nos dois lados da moeda desse processo educacional que ao mesmo tempo nos torna agentes e receptores do aprender.
É  com imensa satisfação que associo meus estudos no PEAD, com meus estudos  no Mestrado em Educação, também aqui nesta universidade, que tanto está me acrescentando positivamente, como profissional, aluna, cidadã, mas especialemente sobre as contínuas construções e desconstruções que faço a respeito de minha práxis, meus conceitos e paradigmas.
Voltar a estudar, depois de um longo tempo  e longe do ambiente acadêmico, nos coloca em um outro universo, que talvez seja o universo inteiro das crianças, as quais estudamos e  ensinamos, que é o de questionar, inquirir, discutir, debater e levantar minhas próprias hipóteses, abrir caminhos,  abrir portas e janelas que não necessariamente estivessem fechadas, mas que certamente entreabertas me impediam de ver o brilho que sai dos olhos  de quem aprende! 


domingo, 4 de dezembro de 2016

Memória e Registro

Chegando a mais um final de semestre, é possível avaliarmos algumas ações que foram marcantes em nossos estudos, no PEAD. Um deles, foi o trabalho que fizemos de pesquisa e resgate de nossos registros de memória, por meio da fotografia. A fotografia como arte, como documento, e como registro de memória histórica e documental.
É  por meio dela que resgatamos as imagens capturadas pela lente da máquina; mas não só a imagem pictográfica, mas o instante, a história e o tempo.
Parece-me, portanto, que o tempo, mais uma vez, o tempo como sujeito ontológico e filosófico de nossos pensares e práticas de vida, aparece no contexto acadêmico para nos sinalizar sua importância e as mais diversas formas que usamos para mensurá-lo em nossas passagens cronológicas.
É, portanto, a fotografia, um belo instrumento que manuseamos e pesquisamos, na interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais que nos dá essa ferramenta e  meio para uma análise mais crítica e profunda sobre de que forma a imagem nos resgata a tempos passados, histórias, fatos, e principalmente ao memorial que nela esta registrado.
Importante, que não deixemos que a fotografia tenha a efemeridade dos flashes digitais das redes sociais, existentes num segundo e esquecidas após algumas centenas de outras imagens que se sobrepujam a um instante do mundo, das telas, dos toques, de algum mundo particular. Que é meu, mas que também pertence a todos e ao tempo..., à memória da imagem capturada!


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Multiplicação e Divisão a Toda Hora

Ontem, durante a leitura do artigo proposto pela interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática da revista Nova Escola, vimos,como ações comuns e práticas do dia a dia, podem acrescentar um mundo de possiblidades e  de aprendizado aos nossos alunos. Aprender matemática não se resume apenas a cálculos e muito menos à memorização forçada de regras e tabuadas. Aprender a mensurar e desenvolver o raciocínio lógico pode estar na construção do telhado da escola, como vimos no artigo, ou mesmo numa receita de cuzcuz
Desta forma, é importante que os professores das séries iniciais desenvolvam estratégias pdagógicas e até mesmo lúdicas para despertar nos pequenos a curiosidade e o gosto por novos aprendizados, sem necessariamente que haja pré-requisitos curriculares, que muitas vezes, amarram o trabalho dos professores e consequentemente não contemplam a possibilidade de desenvolver nos pequenos novas habilidades e competências. 


http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo4/matematica2/campo_multiplicativo/nova_escola_campo_multiplicativo.pdf

domingo, 20 de novembro de 2016

OCUPAÇÕES

Recebemos em nossas atividades on-line do PEAD, na interdisciplina de Estudos Sociais, a tarefa de desenvolvermos um portfólio, sobre o sentido de identidade. Como sugestão, nos foi dada a possibilidade de pesquisar sobre a história do Rio Grande do Sul ou de Porto Alegre, mas o tema estava em aberto, podendo abrir o diálogo para outros campos.
Decidi falar sobre o movimento das ocupações nas escolas do RS, nesse ano de 2016. Obviamente, trazendo à reflexão nosso cenário político e toda a série de mudanças que tivemos em nosso país, no pós-impeachment.
As ocupações, hoje, representam muito da identidade do estudante brasileiro e sua consciência quanto ao pertencimento às instituições públicas de ensino e cultura, de forma, que nos leva ao entendimento de que este mesmo jovem precisa ser ouvido, representado e acima de tudo precisa receber dignamente um serviço de qualidade, que busca nos locais de ensino e cultura.
Nossos jovens, ao ocuparem as instituições,  deram uma verdadeira aula de cidadania, cooperação e ressocialização do ambiente escolar. E é disso que o Brasil precisa, que ocupemos o lugar que pertence ao povo, que é dele de  direito, já que é por meio dele que um país se faz.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

CHAPA 2

Estamos vivendo,  e vendo..., além de todo o cenário político, de nosso país, a vida social mudar e muito! O cidadão comum já não é mais o mesmo. Hoje, temos mais de 200 universidades e institutos superiores ocupados, por estudantes que protestam contra a chamada PEC da morte. A PEC 55, além da lei da mordaça, sobre a escola sem partido, como também sobre a lei que pretende reformar o Ensino Médio, em nível nacional. Todas essas alterações que mexem e mexerão em nossas vidas, seja como pais, professores e alunos, também adentrou o PEAD e é nesse clime de política e projetos públicos e sociais, voltdos à educação, que temos, após muitos anos de um jejum, sem disputas, Chapa 1 e 2.
Ouvimos os debates, suas propostas, seus obstáculos e entendemos que há muito que se fazer dentro da universidade pública, especialmente nas áreas das humanidades, base forte da Educação em todos os âmbitos que atuam. Desta forma, é salutar que nós entendamos o papel da Pedagogia a distância,  modalidade desenhada pelo programa do PEAD, dentro da UFRGS,  por meio da UBA, onde mesmo com um lay out totalmente próprio, temos nossas posições e queremos manifestá-las, pois que, a maioria de nós, professoras, estudantes do PEAD, atuamos em sala de aula, em nossas escolas e buscamos através dessa formação em nível de graduação, aprimorar nossos conhecimentos e reforçar nossa participação como estudantes em plena atuação, dentro da universidade pública, lugar que é nosso por direito e que deveria ser não somente de acesso a poucos, mas de pertencimento às maiorias.
Com esse pensamento forte, na estruturação e fortalecimento de um PEAD mais sólido para nossos futuros colegas  e  educadores, é que escolhemos a CHAPA 2 para nos representar nessa nova etapa de diretrizes e propostas, além de um espaço de diálogo e socialização entre as mais diversas áreas do pensar. Abaixo, disponibilizamos, nosso manifesto em apoio à Chapa 2:


MANIFESTO DISCENTE DE GRADUAÇÃO E DE PÓS-GRADUAÇÃO DE APOIO À CHAPA 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Nós, graduand@s do curso de Licenciatura em Pedagogia Presencial e na Modalidade à Distância (PEAD) da FACED-UFRGS, manifestamos nosso apoio à CHAPA 2 “Acolhimento, Diálogo e Presença Acadêmica”, composta pelas professoras SIMONE VALDETE DOS SANTOS e CÍNTIA INÊS BOLL, que concorrem respectivamente à direção e vice-direção da FACED e convidamos você que também é alun@ DE GRADUAÇÃO OU DE PÓS-GRADUAÇÃO a fazer parte
deste manifesto conosco. Estamos vivendo um momento histórico na FACED-UFRGS que, após 24 anos, está tendo a oportunidade de exercer o direito democrático nessas eleições paritárias compostas por duas chapas para consulta à Direção.
Quem teve a oportunidade de participar dos debates presenciais ou online (disponíveis na pagina da FACED-UFRGS (https://www.facebook.com/pages/Faced-Ufrgs/154093414677965?fref=ts) pode constatar que as chapas têm como principal objetivo a gestão democrática. Nos debates que ocorreram a professora Simone Valdete dos Santos evidenciou claramente em seu discurso acerca de sua experiência frente a gestão da FACED, seus esforços empreendidos para que houvesse a 2a edição do PEAD como também elencou aspectos a serem melhorados envolvendo todos os segmentos da comunidade.
Nessa perspectiva, na busca por continuidade e qualificação para a próxima gestão, a professora Simone Valdete dos Santos tem como parceira a professora Cíntia Inês Boll com quem já trabalhou junto na 1a edição do PEAD. Dentro desse cenário, acreditamos que a CHAPA 2 “Acolhimento, Diálogo e Presença Acadêmica” (veja aqui algumas das propostas https://www.facebook.com/PausaPraOCafecomAChapa2/ ) reafirma o compromisso social e democrático com a educação pública e com os nossos direitos de discentes.
Portanto para que possamos efetivar nossa representatividade acadêmica, nossos interesses e desejos nessa luta diária, convidamos tod@s a votarem pelo PORTAL, COM LOGIN E SENHA, nos dias 17 e 18 vote na CHAPA 2 , nas professoras SIMONE e CÍNTIA!!!
Agradecemos o apoio de todxs!

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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Ciências





Esses vídeos foram propostos pela interdisciplina de Representação do mundo pelas Ciências.
Foi muito interessante e os alunos se divertiram bastante! Usamos nosso laboratório de Ciências da escola, para realizarmos a atividade.
Os alunos foram convidados aleatoriamente e só participou da experiência quem quis. Criamos um pequeno grupo no Face e colocamos vários comentários, o link das experiências e eles escolheram quais experiênias gostariam de fazer. Uma das experiências não deu certo e foi bastante produtiva mesmo assim, pois os estudantes puderam ver onde e como erraram nas etapas do experimento.


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Ocupa Faced

Impossível falar de educação e/ou mesmo fazer relações com nossas práticas educativas se não pararmos para refletir  sobre o que está acontecendo com nosso país. Estamos retrocedendo a passos largos e em breve é possível que caiamos no obscurantismo daqueles que ditam leis sórdidas em nossa nação, tirando direitos dos trabalhadores, sucateando a educação pública de qualidade e trazendo atrasos que nos acompanharão por gerações. 
Hoje, a Universidade federal do RS, a qual faço parte, como aluna da graduação e pós-graduação, dá um passo importante no confronto às medidas tomadas pelo governo interino, que desde que usurpou vem, sem qualquer escrúpulo, criando o clima de caos e desruição de nossa sociedade! 

Resistência UFRGS - Ocupa FACED
3 h
Manifesto do Ocupa FACED
Na assembléia
Nós, estudantes da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ocupamos hoje o prédio da FACED, após deliberação em assembléia geral de estudantes. Lutamos pelo fim IMEDIATO da PL nº 193/2016 – Escola sem partido, da PEC nº 55 (Antiga 241) que congela por vinte anos os investimentos na educação, saúde e segurança e da MP nº 746/2016 do Ensino Médio que reformula o currículo da educação tornando facultativo, disciplinas como: Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física.
Enquanto educadoras e educadores em formação, reiteramos a importância de ocupar e resistir, principalmente, dentro dos espaços ligados à educação. Por isso, a FACED, que loca cursos como Pedagogia, Licenciatura em Educação do Campo, Pós Graduação em Educação e Pedagogia à Distância (além de várias disciplinas de outras licenciaturas), não poderia manter-se inerte à conjuntura nacional. Sendo assim, acreditamos que seja indispensável permanecer na luta contra mecanismos que sucateiam a educação, através de retrocessos deste governo ilegítimo.
Realizaremos nossa primeira assembléia dentro da ocupação hoje, às 19 horas. Por isso, convidamos as/os estudantes a se somarem nesta luta, participando deste movimento e ocupando, também, outros espaços dentro e fora desta universidade.
FORA TEMER!!!
Porto Alegre, 31 de outubro de 2016.


domingo, 23 de outubro de 2016

Michael Apple

Esta semana, assisti ao Seminário com Michael Appel, na Faced, e foi bastante produtivo para que pudéssemos  refletir a questão da ascenção da direita e do neoliberalismo em nosso país, e de que forma essas tendências..., que na verdade, desde sempre estiveram, aqui, em nosso país, acabam por tomar forças descomunais no cenário político, numa época de crise política, de golpes e desmandos no meio judiciário, à medida que vai enfraquecendo nossa tão jovem e frágil democracia.
Apple, infere que a educação é onde tudo acontece e é apenas o único meio para que uma nação possa estabelecer-se no cenário atual, levando em consideração as questões sociais e o indíviduo como um ser social, na sua integridade.
Durante o intervalo, saímos eu e mais dois colegas para o famoso café no Antônio e discutíamos como a situação estava caótica, e que discutir política tinha se tornado um ato ofensivo, colocar suas oponiões de forma clara e se posicionar a respeito de fatos que estão intimamente ligados à nossa história  era quase como um atestado de anarquia e caos.
Um dos professores, que trabalha na escola militar de POA, disse que (lá) enfrentam uma atmosfera de total repressão, com suas provas sendo revisadas por militares, para que se evite a qualquer custo qualquer menção ao cenário político atual.
Me pergunto: que país é esse? Voltei no tempo e ainda não sei?
Apple sugere ao final do seminário, que temos uma missão como educadores, que é a de evitar a ascenção da direita em nossas esferas, já que o conservadorismo, o radicalismo e a violência se sustentam muito bem nessa nuvem incerta de usurpadores e inquisidores justiceiros, apoiados por uma mídia marrom e golpista, que faz questão de ser parcial quanto aos desmandos que vive nossa nação. Lembrou também o importante papel de Paulo Freire em nossa educação e como devemos nos valer de seu trabalho como uma forma norteadora em nossa prática como educadores.



sábado, 15 de outubro de 2016

dia do professor

Penso que quando um dia é muito lembrado, por uma nação toda, é porque há sérios problemas por trás dele! E no Brasil, o dia do profissional mais lembrado por todos é o dia do professor! Poucos lembram qual o dia do médico, do bombeiro, do contador, do barbeiro, do jardineiro, do açougueiro..., com tanta pontualidade como o dia do professor! Isso me questiona e me remonta a dias de outros excluídos pela sociedade como os negros, as mulheres, etc! 
Será porque nós, professores, ao longo dos anos temos sofrido a desqualificação não somente por parte de nossos empregadores e governo, que teimam em atacar o pilar de toda e qualquer sociedade, mas também pelas famílias que delegaram às escolas o papel de educar seus filhos?
Na escola buscava-se informação, e hoje, os jovens buscam no professor muito mais que isso! Buscam o norte! Não à toa, que fazemos concomitantemente o papel de psicólogos, orientadores, conselheiros, assistentes sociais, e não raro, pai e mãe!
Triste realidade!
Aos meus colegas que hoje, de fato, nas escolas públicas trabalham mais pelo amor que qualquer outra coisa!
Muitos professores que nas escolas estão doentes, física e emocionalmente abatidos, ainda assim cumprem sua missão, arrastando-se como que agrilhoados à esta realidade!
Haverá um dia que não teremos mais os vocacionais atributos que dirigem um ser qualquer a esta profissão! E haverá um dia em que seremos lembranças Wikipédicas!
Feliz dia do professor a todos!
Obrigada aos meus estudantes por existirem a essa época sendo as pessoas que de alguma forma me inspiram a continuar respirando, mesmo que por aparelhos, num sistema falido e corrompido!


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleições sem educação

Mesmo depois de todos os rebaixamentos pelos quais sofre nosso Estado, todo o desrespeito vivido por parte de partidos partidos políticos que através de pessoas inescrupulosas utilizam a máquina pública para fazer valer seus interesses privados e de um pequenos grupo de pessoas que os subsidiam em suas campanhas milionárias. 
Mesmo com uma mídia interesseira e antiética, que visivelemente atrás de seus interesses  e privilégios tira e coloca ao bel-prazer figurões que mais fazem lembrar à época do coronelismo em nosso país; mesmo após tudo isso fragmentar e enfraquecer nossa frágil e jovem democracia, continuamos a eleger pessoas que representam interesses de uma minoria elitizada e exclusivista que não aceita o desenvolvimento social como marca de uma sociedade mais igualitária e humana para todos, onde todos tenham as mesmas oportunidades. Perguntamo-nos: qual o papel da educação neste cenário conservador e retrógrado?
Nossa cidade retorna ao cenário dos favores e dos apoiadores do golpe, daqueles que tem na direita a raiva e a sustentação de uma sociedade dividida, separada e segregada.

domingo, 25 de setembro de 2016

Ensino de História e Geografia

Iniciamos nossa interdisciplina de Estudos Sociais, onde, inicialmente abordamos dois textos muito interessantes e importantes para nosso entendimento desse processo do ensino de história e geografia nas escolas. Para isso, nos foram ofertados dois artigos. O primeiro artigo, de Elza  Nadai, O Ensino de História no Brasil: Trajetória e Perspectiva. No segundo artigo,  temos o texto de  Castrogiovanni e Costella, Geografia e a cartografia Escolar no Ensino Básico: Uma Relação Complexa - Percursos e Possibilidades.No texto de Nadai, vimos a  institucionalização do ensino de história no Brasil e como isso influenciou e ainda influencia nossa sociedade e nosso pensar histórico como agentes do nosso tempo e conhecedores dos fatos que alteraram nossa memória e nossa sociedade. Aparecem os aspectos históricos da educação que se fundem com os modelos educacionais escolásticos a qual a própria escola está submetida por influência da Igreja e sociedade européia. Faz um traçado sobre o ensino de nossa história e a própria história que vivemos como cidadãos brasileiros, a qual em parte, boa parte diga-se, é negada pela forma historicista com que é  fotografada a trajetória de fatos importantes de nossa sociedade, como a escravidão, a ditadura, o processo de colonização etc.
Já no texto  de Castrogiovanni e Costella, temos uma pesquisa realizada em duas escolas: uma privada e outra pública, na cidade  de Porto Alegre, feitas com alunos do sétimo ano, que submeteram-se a uma leitura cartográfica do espaços e imediações escolares, elaboradas através de oficinas. A pesquisa nos mostra fatos importantes como a negação dos alunos da escola privada com relação a pontos geográficos importantes do seu trajeto, como as favelas do entorno, além da não descrição desse lugares nem mesmo nos insights com mapas mentais sugeridos pelos orientadores da pesquisa.
Os textos nos levam a refletir sobre o papel da escola como mediadora desse conhecimento histórico e espacial de nossos estudantes e de seus pressupostos epistemológicos como bases para firmarmos penamentos crítico-reflexivos sobre o papel da história e da geografia em nossas vidas.




https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1759584/mod_resource/content/1/NADAI.pdf

https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/54073/1/Congreso-Didactica-Geografia-2015_02.pdf

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Gaiolas ou Asas

Esta semana, nossa atividade a distância para a interdisciplina de Seminário Integrador IV, proposta pela professora Simone Bicca Charczuck, nos trouxe o texto e vídeo de Rubem Alves, também chamado de o "Professor dos Espantos!".
Rubem Alves nos encanta com suas memórias de infância, suas lembranças e impressões. Quase de forma poética retoma seu aprendizado, sua história de família e suas experiências na pequena cidade de Boa Esperança e depois no Rio de Janeiro.
Em seu vídeo, nos traz relatos sobre o início de sua carreira acadêmica, a perseguição durante a ditadura militar, a traição sofrida pelo amigo, fato que o fez se distanciar da igreja e por fim, quebrar alguns paradigmas de sua própria formação. Relembra a juda oferecida por Paulo Freire no início de sua docência acadêmica e por fim, instituído como professor da Universidade de Campinas.
Um homem pleno de histórias e humanidades, fala de arte, música, educação, ensino e especialmente sobre as simplicidades da vida como quando lembra da sua cidade de infãncia e o cheiro da comida típica mineira ao fogão.
Em seu texto, Rubem Alves faz um comparativo sobre seus flashes de memória e a ideia de uma escola que nos dá asas com a escola que nos é gaiola.
A escola que nos dá asas nos ensina a pensar, a sermos autônomos no processo de ensino-aprendizagem, enquanto nas escolas-gaiolas estamos presos, nos debatendo como um pássaro que tenta inutilmente se jogar contra as grades de sua prisão.
Nos lembra ainda o quanto lamentam-se os professores que vivem nessas escolas-gaiolas, e que a exemplo dos tigres que ali aprisionam, encontram-se também os mesmos, nesta jaula.
Rubem Alves, porém, finaliza nos lembrando que ainda há esperança! Ou seja, é preciso que essas gaiolas sejam abertas, que os pássaros voem livremente e que tragam a sua beleza e seu voo rasante para o grande espetáculo do aprender que é voar! Voar os limites do impensado, voar a outras fronteiras, provar outros néctares, revoar e sobrevoar o quanto for  preciso.
É disso que  é feita a educação, de asas!





 Texto disponível em: https://contadoresdestorias.wordpress.com/2012/02/19/gaiolas-e-asas-rubem-alves/

Vídeo disponível em: https://youtu.be/77S56jvPHY0

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Os Tubarões de nossa Pátria

Ontem 29 de agosto de 2016, voltamos às nossas atividades no PEAD. Concomitantemente ao reinício de nossas aulas acontecia a farsa de pão e circo vivenciada pelos políticos golpistas de nosso país, que tranformaram nossa democracia numa frágil imagem  de um oásis! Um deserto sem esperança.Volto ao universo acadêmico com a sensação de que pouco se leu, pouco se aprendeu e  muito pouco ainda, se ensinou...Onde paramos com nossos sonhos e construção de um país mais justo para todos, com igualdade entre as pessoas e principalmente num país onde Paulo Freire possa ser um ícone do pensamento libertário e não uma figura a ser banida como tanto se vê nas mídias?Diante de todas essas reflexões me veio à memória o poema de Brecht - "se os tubarões fossem homens".




Bertold Brecht
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?
Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.
Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.
O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.
Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.
Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.
Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.
Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.

domingo, 3 de julho de 2016

Fim de Semestre

Após um semestre de muitos trabalhos e  noites frias que enfrentamos indo para o campus, a jornada de    conquistas e batalhas parece chegar ao fim! Ou pelo menos, nos habilita à próxima etapa!

Foram muitos fóruns e debates para discussão em grupo, especialmente na interdisciplina de Ludicidade! Aprendemos que brincar é importante! Todos nós devíamos brincar mais e olhar o lúdico como uma forma (mais uma) de aprendizagem saudável e construtiva! É  brincando que dizemos as verdades! E é na brincadeira que nos descobrimos verdadeiramente.

Houve dias de sufoco, principalmente com as tarefas da interdisciplina de Libras! Nos  acordamos para o fato de que a língua de sinais, faz parte de uma estrutura cultural e complexa que também ocupa o mundo dos surdos, e que inclusão, neste caso, serve a nós, que mesmo não sendo surdos, devíamos fazer um esforço enorme para incluirmo-nos neste mundo tão diverso e rico, que é cultura surda, muito bem representada pelo seu símbolo que os identifica e integra: a língua de Libras!

Na interdisciplina de Literatura observamos que literatura está em tudo! E sendo a literatura subversiva e subjetiva, faz parte da construção imagética e de todo processo de abstração cognitiva de nossas crianças e estudantes em geral! Lemos o mundo, e fazemos literatura! E isso é poesia! Ou não! Incentivar nossos estudantes a serem leitores e autores de si mesmos, e  de suas realidades é só mais uma forma de trazermos todo o processo criativo da construção da linguagem e conhecimento.

Quanto à interdisciplina de Música, nos deparamos com um outro mundo, outra linguagem, outro parâmetro de apreendermos essa forma de saber! Na música, encontramos nossas memórias musicais de infância e reencontramos a música que muitas vezes passa despercebida em nossas escolas e salas de aula! E dessa construção, entendemos a importância que tem o ensino da música e/ou educação musical em nossos sistemas de Ensino!

Para finalizar sobre o quanto tivemos um semestre rico, em termos pedagógicos, interdisciplinares e construtivos, importante é destacar o papel da interdisciplina de Seminário Integrador, que neste semestre nos levou à preparação do pensar sobre nossas inúmeras hipóteses e dúvidas acerca dos mais variados assuntos, e como, de forma crítica e metodológica podemos conceituar adequadamente nossos pensamentos e questionamentos das mais diversas formas de construção do pensamento crítico, com embasamentos conceituais consistentes. Aprendemos a construir dialogicamente nossas perguntas e estruturá-las, isto é, a criar estruturas teóricas e conceituais que nos dão suporte adequado a todo processo de pesquisa a que estamos imersas(o) nesse processo de aprendizagem do PEAD! Processo a qual, nos enriquece muitíssimo, tanto pessoalmente como profissionalmente em nossa práxis em sala de aula.






domingo, 19 de junho de 2016

Poética e Poesia

Esta semana, durante a elaboração do trabalho Poética e Poesia, sugerido pela Professora Ivany Ávila, para a interdisciplina de Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem, tomei como ponto de partida o grupo de alunos do 3º ano do Ensino Médio, que encontravam-se no movimento de ocupação de nossa escola. Dessa maneira, foi possível operacionalizar o trabalho mesmo não estando em sala de aula. Convidei para compor o trabalho, cinco alunos, porém, ao final, apenas quatro alunos acabaram participando efetivamente do trabalho; e a exemplo de nosso curso EAD, iniciamos com  a criação de um grupo no Facebook, ou seja, utilizamos as mídias para que pudéssemos ter um canal de comunicação que contemplasse a todos. Um grupo fechado, mas que serviu para fazermos nossos chats de discussão acerca de nosso tema. O trabalho consistia em escolher um poema e fazer a análise do mesmo com o grupo. Primeiramente, elencamos quatro poemas, e após a sugestão desses poemas, fizemos nossas votações. Decidimos, por fim, pelo poema "Psicologia de um Vencido", de Augusto dos Anjos. Os alunos pesquisaram e foi bem interessante toda a discussão que tecemos juntos sobre essa poesia, tão diferenciada. Um dia, durante nossas análises, combinamos de nos encontrarmos para um café/chá com bolo e também para debatermos nossas impressões sobre o poema, bem como sobre o autor. Para compor o trabalho e enriquece-lo ainda mais, convidei o professor de Física,  André Accurso, de nossas escola, que esteve como mediador junto aos alunoas orientando acerca das pesquisas e de nossas conversas; além disso, esteve acompanhando de perto a ocupação dos alunos em nossa escola, o que aumentou o vínculo professor-aluno, tão importante, nesse processo sócioeducacional que vivemos atualmente em nossas escolas estaduais, aqui no RS.
Concluímos que é necessário esse fazer pedagógico por meio da pesquisa, pois que, além de mais estimulante, torna os estudantes agentes da construção de seu próprio conhecimento e aprendizagem.





segunda-feira, 13 de junho de 2016

Crimes de Honra e a distorção da Mídia

Dias atrás, participei de um curso on-line promovido pela AHA Foundation; uma ONG internacional que atua na prevenção de crimes de violência contra a mulher e também de gênero, bem como políticas educacionais sobre os crimes de honra. Especialmente aqueles cometidos contra a mulher! Porém, importante ressaltarmos que, crimes de honra acontecem também contra homens, homossexuais e toda a comunidade LGBT.
Esta semana, presenciamos o horror acontecido na boate gay, nos EUA, onde um psicopata dispara contra as pessoas dentro do estabelecimento, matando 50 e ferindo outras 53 pessoas. Há que se pensar em muitas coisas: acesso à obtenção de armas, numa sociedade altamente armamentista como a sociedade americana, onde é possível comprar armas no supermercado; uso de armas por qualquer cidadão que possa comprá-la; e aí, fazemos um paralelo com nossa sociedade, onde lemos/vimos muitos "cidadãos de bem" incentivando o uso de armas! Outro ponto crucial é a questão do ódio e intolerância com uma outra orientação sexual, que não seja aquela imposta por uma sociedade religiosa e hipócrita. Ainda nos dias de hoje, as pessoas estão mais preocupadas com quem o vizinho dorme do que com suas próprias vidas! Li muitos posts e reportagens sobre o assunto, tratando o crime como um "ato de terrorismo", pelo fato de o criminoso ser muçulmano. Agora relembro a todos: esse mesmo cidadão, nasceu nos EUA, estudou nos  EUA, casou nos EUA, comprou um fuzil e outras armas nos EUA, a arma é fabricada nos EUA; batia na mulher que mais tarde veio a deixá-lo, alegando  que os motivos das agressões iam dos mais fúteis possíveis, como a roupa que não havia sido estendida e coisas do gênero... Tudo isso, nos EUA!
Ora,  dirão muitos jornalistas, o 'terrorista muçulmano' mata 50 em boate gay nos EUA!  Manchete e fala de muitos jornais e links na internet! Consigo até ver a manipulação da mídia americana na ala mais conservadora, e usando do discurso de ódio contra todos os imigrantes daquele país. Trump propôs  inclusive um muro entre EUA e México. Há quem pense que ele seja um patriota e que defenda plenamente os direitos de seus  conterrâneos, na terra do Tio Sam, mas não devemos cair nessa armadilha midiática proporcionada para nos cegar sobre o verdadeiro motivador desse crime hediondo: o ódio à diferença! 

Link da ONG: http://www.theahafoundation.org/honor-violence/


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Intertexto

Estamos vivendo momentos muito estranhos em nossa conjuntura político-social, em nosso país e também no mundo; especialmente agora, em nossas escolas, em nossa sociedade, de forma geral... Tudo com a velocidade da informação virtual! Tudo de forma instântanea e voraz!
Tenho pra mim, que o tempo de sermos "pegos", acaba de chegar! Estão nos levando, também ( a exemplo do poema)! Talvez,  não estejamos entendendo perfeitamente que estamos sendo devorados pelo grande sistema, que a tudo domina, a tudo sufoca. E a tudo conduz...coercitivamente, para a "ordem e progresso"!
Isso tudo me lembrou o poema de Brecht, inspirado em uma das muitas versões do sermão de Martin Niemöller.

Intertexto - Bertold Brecht (1898 -1956)


"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo." 




domingo, 29 de maio de 2016

#ocupatudo

A escola em que trabalho foi ocupada por um grupo de alunos do Ensino Médio, nesta semana.  E  a exemplo das tantas escolas ocupadas no RS e em outros Estados brasileiros, nossos estudantes também têm suas pautas de reivindicações! E não são poucas, considerando a precariedade de nossas escolas públicas e o cansaço em torno de um tema tão batido e ao mesmo tempo tão ignorado por nossos governantes. Os desmandos de muitos anos de (des)governo, baixos salários dos professores, violência urbana, má qualidade dos serviços em geral, carências das mais diversas..., etc.
Somam-se a todo este cenário desolador que envolve a educação básica pública, em nosso país, a política suja, perpetrada por politiqueiros, bem como a violência dos grandes centros urbanos e a indiferença e descaso com que a própria sociedade têm tratado nossos estudantes! Mesmo muitos dos pais e familiares são totalmente contra esse movimento democrático e altamente politizado, orquestrado autonomamente por parte dos estudantes, o que nos faz pensar aquilo que há muito se tem discutido nas escolas: a educação ficou relegada SOMENTE  ao plano escolar, de forma que a família coloca-se à parte, sem se envolver nas questões sociais que envolvem nossos jovens!
Penso que sociedade, mídia, pais e até mesmo muitos educadores não estão dimensionando a importância desse processo ocupacional, que no futuro, certamente, fará parte de um episódio marcante da história da educação no Brasil.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

POESIA INFANTIL



Durante a elaboração  do esquema sobre a história da  poesia infantil, no Brasil,  na qual pesquisamos para a interdisciplina de Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem, revi/reli o poema "Ou isto ou aquilo" de Cecília Meireles, bem como o poema "A Casa" de Vinicius de Morais. Nos dois casos, além de trazer memórias de infância, as quais estes poemas eram tão conhecidos, é possível também que façamos uma relação não só histórica, mas estrutural e condicionante da poesia infantil brasileira. A poesia infantil surge, no Brasil, concomitantemente ao processo de criação da escola, sendo assim, temos que entender esse processo e abranger a leitura e o contato de nossas crianças com a poesia infantil, não só no ambiente escolar, mas para além dele, mesmo porque como vimos na análise de nosso texto, a poesia está em muitas coisas: arte, música, pintura, fotografia, etc, enquanto que o poema exige uma estrutura linguística mais determinante, estruturando-se como gênero literário. Queremos poema e poesia para nossas crianças!

 Fonte: http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/artigos/art021.htm


sábado, 14 de maio de 2016

TEORIA DE TUDO


Na última semana,  em nossa aula presencial no PEAD, na interdisciplina de Seminário Integrador,  a partir das divisões do  grande grupo para pequeno grupo, orientadas pela professora Cíntia Inês Boll, entendemos que nossas teorias e visões de mundo estão em toda a parte e estão também em nós em todas as coisas, a partir de nossas impressões mais íntimas ou despretensiosas. Sejam visões superficiais ou indagações profundas!
Refletimos que nossa primeira obsevação e conclusão feitas, no primeiro grupo, sofria de questionamentos, e pedia por mais complementos, mais discussão, observação, critérios, etc. Complementos esses, que foram levantados a partir de outras perguntas que nos fizemos e entendendo que não há um fechamento único para muitas das questões que nos levantamos, saímos de uma observação metodológica de nossos objetos, de uma estrutura de pensamento macro para  uma micro. Possível até que chegássemos a uma nano-observação de nossos próprios levantes e questionamentos. Isso, entendemos,  é o princípio básico do que norteia toda o embasamento da epistemologia e pesquisa a que devemos compor nossas estruturas acadêmicas e profissionais. Apenas com um único exercício de reflexão, brilhantemente conduzido por nossa professora, foi possível identificarmos que é cada vez mais necessário o pensamento crítico,  o debate e a
manutenção dialógica, de nossas teorias e conceitos acerca de nosso objeto de estudo, o aluno,  a escola (instituição), a educação, o professor, a cultura para a educação.

sábado, 7 de maio de 2016

BRINCAR É COISA SÉRIA

Esta semana, durante um  intensivo nos fóruns, para a interdisciplina de Ludicidade, acabei por fazer uma retrospectiva de minhas brincadeiras infantis, na leitura das postagens de outros colegas. Trazer à memória  imagens e lembranças de infância e como brincávamos, foi muito divertido. A criança que brinca é um adulto que se torna curioso e mais inteligente!  Mais saudável, sem sombra de dúvida, pois que, estabelece vínculo, fantasia, abstrai, joga, interage com outros,frustra-se também diante dos resultados, e com isso cresce!
Uma das coisas que mais me marcou durante minhas memórias de infância foi o contato com a música. Ouvia muito Chico Buarque, Toquinho,  Saltimbancos, Balão Mágico e tantos outros mais, que fizeram parte de minha formação  e meus gostos,alguns que preservo até hoje.
Uma das músicas que mais me tocava e que sempre me fazia parar para ouvir era "agora eu era herói", de Chico Buarque.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Educação para quem?

Esta semana em minha escola, estamos tendo aulas com horários reduzidos. Tudo isso, em função da última assembléia  com o sindicato dos professores, onde ficou decidido que haveria redução dos turnos como forma de reivindicar os desmandos feitos à classe do magistério público estadual. Tenho um dilema em mão com isso, pois sei da importância que é estar em sala de aula e ocupar esse tempo, enriquecendo meus alunos com um pouco de informação! No entanto, como professora, não posso compactuar mais com o desmerecimento à nosa classe.
Relacionando o caos na educação e no cenário político, me pego em pensamentos que às vezes distorcem de tudo que estamos vivendo. No PEAD recebemos a aula teórica e nossas atividades são sempre com bases teóricas para uma prática idealizada. Quero salientar que essa realidade não existe! Há tempos estamos vivendo na escuridão com a atual situação educacional e política de nossos Estados, cidades e país.
É  desanimador saber que estudamos tanto e lemos tanto, quando de fato, pouco podemos aplicar do profundo que queremos ou sabemos.
Assisti a um vídeo de Leandro Karnal, historiador, onde ele reforça o papel do professor e diz, que a verdadeira vingança contra o sistema seria o professor ser um excelente educador! Ainda com todas as mazelas as quais passamos e temos passado. Soa quase surreal! A ação do professor, de formadora, também passa a ser uma ação subversiva, independente e porque não dizer idealista!  Num país desgastado pelos excessos de uma minoria, que se diz "educada", contra uma minoria que luta, trabalha e carrega o país nas costas!

Abaixo, link do vídeo do Professor Leandro Karnal
https://www.facebook.com/leandrokarnalfas/videos/754883804611323/

domingo, 24 de abril de 2016

"Tchau querida!"

Esta semana sob os holofotes do cenário político em que estamos vivendo, o Brasil conheceu quem era o seu Congresso e com isso foi possível ter uma ideia clara dos desmandos e do baixo nível que toma conta daquela que é chamada de "casa do povo"! Não houve meias-palavras de nosos deputados ao  fazerem referência a Deus, à família e todo tipo de galhofa possível. Houve quem dedicasse o voto  a toturador, tão conhecido de nossos anos de chumbo da ditadura militar. Houve ainda, quem dedicasse o voto ao filho, à neta que encontrava-se de aniversário, aos maçons, aos corretores de imóveis do Brasil, à família quadrangular, à comunidade evangélica, e até mesmo aqueles que pediam pela PAZ em Israel. Foi consenso que a maioria esmagadora dedicasse o voto à família, isso, sem se preocupar com as milhares de famílias brasileiras que o assitiam. Talvez prerplexas por esperarem seriedade daqueles que deveriam zelar por nossos direitos e estabilidade política. As redes sociais viraram o muro das lamentações e como disse Umberto Eco, a internet deu voz a qualquer imbecil dizer o que quisesse. No Brasil não é diferente. O problema, é que  todo esse circo romano, acabou parando nas discussões em sala de aula. Alunos têm se digladiado em ofensas por conta de suas posições políticas. Alguns, defendem candidatos homofóbicos, machistas, golpistas, racistas, caracterizados como personagens para a grande imprensa midiática que não economiza forças para se manter  na sua posição, de forma unilateral.
Esta semana, ao sair da sala de aula, de uma turma de  2º ano do Ensino Médio, ouvi de um aluno "tchau querida". Primeiramente ignorei, mas ao segundo "tchau querida", tive de me posicionar e perguntar qual era a razão daquilo tudo. O aluno rebate cinicamente dizendo que estava apenas sendo educado. Isso, dois dias após o nosso glorioso Sunday, bloody Sunday, do Congresso, que teve até cusparada entre candidatos. Me senti ofendida, agredida..., e pior, por um analfabeto político, que defende a volta de militares, como solução para a atual crise política no Brasil! Realmente, a que ponto chegamos, me perguntei; a que ponto chegou nossa educação e nossos estudantes? Estão sujando nossa democracia, acobertados pela grande mídia  tendenciosa e por políticos corruptos que num show de horrores decidem o futuro de uma nação!

sábado, 16 de abril de 2016

Tudo é Literatura


Na última semana, em nosso encontro, no PEAD, iniciamos nossos estudos na interdisciplina de Literatura infanto-juvenil, com a professora Ivany Souza Ávila, a qual nos fez viajar em nossos pensamentos com passagens de vários trechos de poemas, romances e música.

Indetificamos que a literatura está em tudo, e com ela podemos nos comunicar das mais diversas formas, seja criando um poema, uma música, uma história, um conto, etc. No final, tudo é Literatura!
Reunidas em pequenos grupos, analisamos três vídeos apresentados pela professora,  e resolvemos desconstruir a letra da música de Chico Buarque - Construção; e como recurso utilizamos a técnica de trocar versos e inverter palavras. Só pra mostrar uma das formas pelas quais podemos trazer para nossos estudantes, os mais diferentes  caminhos de se compor, recompor, contar e recontar histórias.




sexta-feira, 8 de abril de 2016

Brincar pra quê?

Esta semana, iniciamos no PEAD, nossa nova interdisciplina de Ludicidade. Talvez estivéssemos esquecidos sobre a importância do brincar e  o quanto é libertador pra todos nós, termos o nosso momento de relaxar, de soltar os braços e simplesmente brincar! Se podemos lembrar disso e entender como algo essencial a todos nós, imaginem às crianças?
Desde o início dos tempos que o homem brinca e através do jogo, da brincadeira, faz conexões e ajustes sociais e individuais.
Toda criança ama brincar e é nas brincadeiras que elas se expressam, simbolizam sua realidade e seus dramas. A criança, inicialmente brinca com o próprio corpo e à medida que reconhece o mundo interage através de seu corpo com o meio em que está exposta. Nas brincadeiras e jogos as crianças inventam a realidade, imitam,criam e recriam personagens, reais ou fictícios, mas que fazem parte de suas mentes e imaginação.
E no ato de brincar estabelecem regras,fazem conexões, trocam experiências e crescem. A criança aprende a brincar e brincando apreende o mundo a sua volta!


quinta-feira, 31 de março de 2016

VER x OLHAR

Na última aula, no PEAD,  durante nossos debates e conversas, guiadas pela Professora Simone Charczuk, na interdisciplina de Seminário integrador III, pudemos contemplar com bastante clareza nossas diferenças e intepretações sobre um mesmo assunto,  e fazendo nossas reflexões acerca do ver e do olhar!

Aparentemente sinônimos, esses dois verbos têm muito a nos mostrar. Especialmente sobre nossas práticas em sala de aula e a forma como olhamos/vemos nossos alunos e tbm a nós mesmos e nosso mundo ao redor.

Requer que apreendamos para para aprendermos! Nos desloca de nossa posição e nos transfere para do macro para o microcosmo de nossas ações e acepções, muitas vezes desconcertando e confrontando ideias e é isso que a Pedagogia quer da gente, que nos desestabilizemos do status quo, que possamos sair da ilha para ver a ilha e assim, quemsabe, com novos olhares e visões de mundo quebremos paradigmas não pensados anteriormente!
Isso acontece quando, depois de vermos, paramos para olhar! Foi assim, talvez, que Eva viu o mundo! E tudo começou!

quarta-feira, 23 de março de 2016

Para Weston (2009), argumentar é "[...] apresentar um conjunto de razões ou provas que fundamentam uma conclusão." Para o autor, podem existir argumentos frágeis e alguns outros mais consistentes. Nesse sentido construir argumentos é um meio de investigação, de explicar e defender uma ideia. Por isso perguntamos: sobre que conteúdo(s) você quer postar? como pretende argumentá-lo?

Foi com este foco que abrimos nosso último encontro no PEAD, nos questionando e argumentando acerca de nossas postagens e como elas podiam ser um mecanismo de construção em nosso processo de escrita, como futuras pedagogas, professoras, mas por ora estudantes; e também sobre as questões que envolvem o ato de escrever em si, levando em conta que temos um fazer acadêmico e que nossos textos devem refletir não só nosso aprendizado bem como deve mediar a leitura de quem o lê, e a forma que esse leitor recebe é que nos faz pensar, e construir um texto cada vez mais elaborado com prerrogativas de sustenção e coesão quanto aquilo que pretendemos transmitir.

Nossas discussões em grupo nos levam a crer que é preciso  muita caminhada além de um olhar mais criterioso e de certa forma isento na comparação com outros, podendo-se assim divagar e criar de forma mais espontânea nossos aprendizados e entendimentos.
Entendemos que no processo de construção de nossas postagens vamos aperfeiçoando nossos métodos e criando espaços para o diálogo e a troca com outros colegas, observando seus comentários e pontos de vista.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Volta PEAD




Gurias e guris, volta às aulas, volta as nossas leituras e as tarefas do moodle. O seminário integrador/enlouquecedor! É  muito bom poder regressar e saber que novos aprendizados nos aguardam e principalmente que  nosso encontro nos dá a oportunidade de encontrarmos pessoas que estão traçando o mesmo caminho, possivelmente com as mesmas dúvidas e desejos.. Já se deram conta que  passou um ano? Pois é, cada vez que posto algo aqui no portfólio sobre nosso inícios, me lembro da minha largada no curso e do Poema do Mário Quintana - "O Tempo!" E é pensando nisso que me abasteço de forças para continuar perseguindo um objetivo, que é chegar ao final do curso, com ótimo aproveitamento e condições de exercer meu papel profissional de forma ética e competente!
Bom retorno a todas  e todos e muito estudo!

http://pensador.uol.com.br/frase/MTc0MDg/