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sábado, 5 de dezembro de 2015

Conclusão

Hoje,  fizemos nossas considerações finais, para o Seminário Integrador - Eixo II. Enquanto escrevia muitas leituras, falas e reflexões me ocorreram, mas tínhamos um número limitado de páginas e portanto, tinha de  fazer uma escrita sintética de meu aprendizado durante o semestre envolvendo nossas disciplinas no PEAD.
Só posso dizer que valeu a pena e que mesmo com o acúmulo de tarefas, às vezes de forma esgotada e pensando que não haveria tempo hábil pra tudo, posso afirmar que passamos mais uma etapa.
Sinto-me privilegiada por fazer parte desta universidade e ter a oportunidade de concretizar  por meio de de minhas palavras, nossas ações acadêmicas, que devem, obviamente, ir ao encontro de nossa práxis e nossos ideais éticos e profissionais. Que venha o terceiro trimestre!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A onda

Hoje em minha escola, tivemos toque de recolher! Sim, nunca pensei que fosse ouvir isso; não aqui, na minha Porto Alegre da "paz"; da maneira que está acontecendo, não só aqui mas em nossas cidades por todo o Brasil. Quando peguei minha filha na escola, ela me pergunta: "mãe, qual foi a última vez que tu lembra de ter ouvido toque de recolher?" Falei: na verdade, eu mesma não convivia ou sabia da naturalidade desse termo, mas meus pais, sim! Os adultos em geral, na minha infância, falavam sobre isso e no meu imaginário, sabia que não era algo bom ou que as pessoas à volta sentissem algum conforto com aquilo.
Hoje, nosso toque de recolher é determinado por bandidos e traficantes que articuladamente mandam e autorizam ataques coordenados nas cidades e capitais!  Ações feitas diretamente de dentro dos presídios. E nós, que temos "liberdade", estamos aqui,  presos em nossas casas, nossas crianças impossibilitadas, muitas vezes de irem às escolas, pais e mães deixando de trabalhar.
Tudo isso, todo esse tsunami de violência a que estamos expostos, especialmente em nossa capital, a mais meridional do país, no Estado que foi celeiro do Brasil, na terra dos gaúchos..., o crime tomou conta! E de forma mais séria do que podemos pensar!
Fazendo  alusão ao filme "A Onda", proposto na disciplina de Psicologia,  podemos entender como a onda pode ser tantos movimentos sociais e consequentemente psicológicos a que nos definimos como povo, sociedade e ser habitante deste planeta! Confinamos nossas vidas ao medo coletivo, ao  pânico desenfreado e  à depressão por detràs dos muros de nossas casas, que cada vez mais altos, nos aprisionam, cada vez mais cercados, nos alienamos! Até a próxima onda...

domingo, 22 de novembro de 2015

Que país é esse?

Poesia sobre a leitura O Manifesto dos Pioneiros.



Que país é esse?
Sonho um país de gente educada,
Onde o bandido não manda nada!
Um país de gente séria,
Bem longe dessa miséria!
E não fica lá em Pasárgada...
Fica aqui,  na rua alagada!
Sonho um país de gente boa,
Com respeito à toda pessoa!
Um país de gente honesta,
que respeita sua floresta;
E não fica lá em Miami,
Fica aqui, com essa madame...
Sonho um país de gente sã,
Seja cristã,  judia ou pagã!
Um país com todos na escola,
Onde livro  é melhor que bola!
E não fica  lá pela Europa,
Fica aqui,  no país da Copa!


sábado, 21 de novembro de 2015

Manisfesto Pela Educação

Estamos analisando na disciplina de Fundamentos da Educação com Enfoque Histórico o "Manifesto dos Pioneiros", documento tecido por vários autores, dentre eles, Cecília Meireles.

O texto com cunho social e filosófico nos coloca sobre os pontos a serem trabalhados para a grande mudança que deve ocorrer nos níveis gerais de educação no Brasil e como essas transformações têm acontecido,desde a parte física das escolas, como os planejamentos curriculares; as quais, educadores de todo o Brasil seguem há anos, como método e até mesmo "modus operandi" do seu fazer pedagógico. 

No texto destacamos a necessidade que se faz expressamente presente nos cursos superiores quanto à mentalidade em relação à forma como valorizamos o ensino e o sistema educacional, basicamente pautados e focados em algumas profissões ditas "mais valorizadas". Dessa forma,  o texto aponta e clama pela pesquisa e novos pensares, especialmente nas  áreas das humanidades, filosofia e letras.
"É a universidade, no conjunto de suas instituições de alta cultura, prepostas ao estudo científico dos grandes problemas nacionais, que nos dará os meios de combater a facilidade de tudo admitir; o ceticismo de nada escolher nem julgar; a falta de crítica, por falta de espírito de síntese; a indiferença ou a neutralidade no terreno das idéias; a ignorância “da mais humana de todas as operações intelectuais, que é a de tomar partido”, e a tendência e o espírito fácil de substituir os princípios (ainda que provisórios) pelo paradoxo e pelo humor, esses recursos desesperados."



sábado, 31 de outubro de 2015

Erotização infantil

Esta semana, assistimos um vídeo na disciplina de Infãncias que nos apontou para algo muito sério que vivemos não só na educação mas que é amplamente divulgado pela mídia através de propaganda, outdoors, televisão, internet, revistas, jornais, matérias de consumo, música etc., e trata-se da erotização relacionada à imagem infantil.
Num tom, muitas vezes, subliminar, a veiculação da imagem infantil como forma de publicidade atraindo para o consumo e apelo sexual, muitas vezes, acaba encobrindo um problema não só social, mas histórico e  cultural em nossa sociedade, onde a imagem, especialmente de meninas, em fotos sensuais ou imitando mulheres em poses sexualizadas se faz presente e de forma muito natural.
Na educação, é muito importante que tenhamos esse viés crítico do panorama que se apresenta, envolvendo nossas crianças, instrumentalizando-as para um público muitas vezes, pedófilo e que estimula de forma dissimulada a precocidade da sexualidade infantil, de forma pornográfica, roubando desta forma todo o processo que é natural da criança e que passa por estágios diversos até formar o adulto consciente e sexualmente saudável.

domingo, 25 de outubro de 2015

Freud e a Educação


Na disciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia pudemos ter uma visão geral da vida e obra de Freud, o pai da Psicanálise, bem como algumas de suas teorias que tão fortemente servem à educação e à aprendizagem, como os mecanismos de defesa, reclaques, traumas, etc;  e como nossa mente atua de forma a nos sugerir, simbolizar, transferir e escapar, muitas vezes, sublimar, de situações a que estamos expostos no decorrer de nossas vidas profissionais, pessoais e afetivas.
Freud, não só nos sugere uma parada para a auto-análise como a forma  que olhamos o outro que vive nesse processo diário de interação conosco. Em nosso  caso, especificamente, a escola, o aluno.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Dia do professor II

Toda vez que precisamos ser fortemente lembrados por um dia, é porque algo na sociedade não vai bem!
E isso é exatamente a sensação que temos quando falamos do profissional da educação - o Professor!
Sim, escrevo com letra maíuscula, apesar de nossa gramática assim, não fazê-lo, em relação à palavra!
Muito raro ouvirmos pais dizendo ou sonhando para o futuro de seus filhos uma carreira no magistério, especialmente em nossas escolas públicas.
Professor em nosso país é digno de pena e muito mais lembrado porque é visto como o "coitado", o sem opção.
Enquanto uma sociedade doente de educação,  não souber que não há tecnologia no mundo que desperte o desejo por aprender e/ou ensinar, a figura do professor infelizmente será vista de forma deturpada e condescendente.
Fora  o descaso com aquilo que se pensa ser um "dom" e não uma profissão como outra qualquer, há ainda a questão sacerdotal que cria um verdadeiro invólucro na imagem do professor.
Durante a leitura do texto Maquinaria Escolar, podemos ter uma ideia bem marcante de como a Igreja instituída através dos seus parâmetros socio-educativos, até hoje nos consome com a ideia de sala de aula, professor, forma de passar o conhecimento, etc
Vivemos ainda, em muitas áreas, como na Idade Média, ensinando como os antigos frades, e talvez por isso ainda, muitos pensam a figura do professor  como um salvador! Pensemos!
Professor não é clérigo, Professor não é monge, Professor  não é pai e mãe. Professor é Professor!

Dia do Professor

Eu tenho uma espécie de dever
de dever de sonhar
de sonhar sempre, 
pois, sendo mais que uma espectadora de mim mesma
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas, 
em salas supostas,
invento palco, cenário 
para viver o meu sonho,
entre luzes brandas e músicas invisíveis.

Sonho impossível

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão" Sonho Impossível - Fernando Pessoa

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Maquinaria Escolar

Ao concluir o texto proposto em uma de nossas interdisciplinas, A maquinaria escolar, me dei conta de quanto ainda somos influenciados pela formação institucional escolástica!
A estrutura, mesmo física, do que entendemos como escola, ainda é basicamente a mesma da época medieval! Classes que aprisionam a corporeidade do estudante, limitando sua expressão total num contexto castrador e disciplinante!
A máquina do Estado que coloniza arquitetonicamente como devemos ser, pensar e adquirir conhecimento. O professor, um transmissor do que se pensa o conhecimento! Mensageiro de mensagens prontas!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Boas-vindas!









Hoje foi um dia especial  em nosso PEAD, pois  tivemos a oportunidade de dar às boas-vindas  às nossas colegas novas.
Como dinâmica de acolhida às novatas,  cada colega se dispôs a entregar um bombom e uma palavra,  de forma que a   aluna que agora ingressa possa  se tornar guardiã  desta palavra, durante o semestre em que iremos acompanhá-las e auxiliá-las no processo de integração do curso.
Minha palavra de acolhida a minha mais nova colega, Daniela Paixão,  foram: DESEJO e PERSEVERANÇA. Desejo, porque nada se faz sem que haja uma vontade enorme de realizar aquilo que almejamos para o nosso futuro. E perseverança porque sabemos que será longa a caminhada e precisaremos nos manter no eixo de nossos desejos e sonhos. Um deles, é o estar aqui!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Apresentação Oral ou Missão Impossível?

Durante o período pré-apresentação estavámos todos no grupo, muito ansiosos. Muito mesmo! Ninguém sabia direito como seriam os critérios de avaliação, além do nervosismo de ter que expressar em palavras tudo aquilo que éramos para o grande grupo e tudo aquilo que a nova etapa representava para nós, míseros mortais!
Alguns pareciam estar à deriva e eu também não me sentia em solo tão firme assim, apesar de que fiz tudo que fora solicitado conforme meus entendimentos e minhas orientações que procurei buscar junto às tutoras. Isso foi uma espécie de "salvação" para alguns de nós, porque o prazo se aproximava  e ainda tínhamos as tarefas das interdisciplinas que não paravam de chegar como uma enxurrada de novas e diferentes  coisas,  e a  cada dia aquele/esse  protfólio crescia como um monstro que alimentávamos com palavras, textos e reflexões a partir de nossas aprendizagens. Talvez nem estavámos nos dando conta do que criávamos, mas estava saindo..., de alguma forma sabíamos disso! Não havia mais como voltar atrás.
No dia da apresentação, para ajudar ainda mais com o clima de tensão, cheguei atrasada e já haviam começado. Aquilo me deixou um pouco deslocada mas vamos lá, é pra isso que estou aqui. Apesar de tudo, não me senti despreparada, pois estava tudo conectado.  Comecei mentalmente a fazer um link de minhas possíveis falas e ver os colegas também se colocando ajudou naquilo que eu deveria expressar para tornar a minha fala algo que pudesse ajudá-los, também.
Enfim, chegou minha vez, uma suada de mãos e vamos lá!
Falei um pouco de minha trajetória como profissional, como professora de língua inglesa, e revisora de texto, bem como minha atuação como psicopedagoga.
Expressar ao gupo que a Pedagogia é algo que falta ao meu trabalho, acho que foi restaurador, não só pra mim, mas pra muitos que atuam profissionalmente e que carecem dessa humanidade, dessa ludicidade que tem a Pedagogia, e que no atuar em sala de aula, é como o palco e as luzes para o ator!
A cortina se fechou e meu tempo esgotou! Fui parada por falta de tempo! Enfim, missão cumprida e nem foi tão impossível assim!

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Síntese Reflexiva

De todos os trabalhos finais,  a síntese reflexiva foi a que mais fluiu no meu processo de aprendizagem e compreensão do semestre, além, é claro,  da proposta do curso. A partir da comunhão e intercomunicabilidade entre as disciplinas e nossos aprendizados foi bem mais fácil fazer o link e expressar em palavras nossos sentimentos e construções feitas ao longo do semestre.
Me lembro de como foi gratificante poder colocar minhas novas visões sobre os textos de Freire e suas perspectivas acerca da educação. Assim como a releitura de Maturana.  Os textos que lemos para a disicplina de   cultura e sociedade foram, para mim,  muito significativos e importantes! Além dos filmes e debates que promovemos com as colegas e tutoras  durante o período de aulas.
Além disso,  destaco o fato de que quando sentei para escrever o texto,  as coisas simplesmente começaram a vir de forma acelerada e parecia um turbilhão de mensagens e  novos aprendizados que eu queria expressar. Nem fiz a correção do texto. Mandei para a tutora que  imediatamente corrigiu em vários aspectos meu trabalho, especialmente a parte estrutural.
Achei bom porque pude sofisticar um pouco mais minhas concepções e formas de expressar corretamente meus saberes. Por outro lado, me dei conta do quanto estava afoita para passar aquilo que aprendera e que parecia estar querendo pular pra dentro do texto e se mostrar!

domingo, 23 de agosto de 2015

Workshop

Preparar um workshop  não é nada fácil! Especialmente se estamos há muito tempo longe do ambiente acadêmico e  da pressão de ter que apresentar algo a alguém; muitas vezes acumulando tarefas e funções as mais variadas possíveis. Essa é a vida de quem leva a vida como professor e que decidiu estudar para aprimorar  seus conhecimentos. Bem-vindas ao PEAD e com ele todos os desafios que enfrentamos no último semestre. Tudo muito desconhecido e  novo. E o novo assusta!
O workshop foi uma forma de nos ambientar com as novas mídias e com elas passar um pouco de nossa relação com as interdisicplinas e também a forma como apreendemos o conteúdo e nosso processo de aprendizagem.
Colocar nossos passos descritos no workshop e materializar isso em nossa apresentação, mostrou o quanto é possível estar inserido no ambiente virtual e com ele aprender! Penso que todos aprendemos e de forma significativa e promissora neste semestre, e com isso adquirimos  mais confiança e tranquilidade pra seguir a jornada, que por muitas vezes, nos deixou de cabelo em pé, nos perguntando como terminaríamos tudo em tempo hábil.
Fazer a conexão interdisciplinar foi essencial para nosso crescimento e amadurecimento, assim como  no preparo de nosso workshop, além dos inúmeros textos e discussões que tecemos ao longo do semestre.
Pessoalmente, a leitura de Paulo Freire foi algo que me deu uma nova luz à toda teia de textos e teorias que debatemos durante o semestre, bem como os filmes que assitimos e os exercícios esquemáticos que fizemos  como forma de fotografar nosso aprender.
Ao final da criação do workshop é que pude entender efetivamente sua ligação com as outras disciplinas e sua importância no meu processo de síntese  e auto-avaliação.
 O workshop, sem dúvida, foi a peça essencial para compormos nosso quebra-cabeça!

sábado, 27 de junho de 2015

Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire

Relendo hoje, após 20 anos o mesmo livro, Pedagogia da Autonomia,pude entender algumas coisas que duas décadas atrás não faziam muito sentido pra mim. Como a posição do estudante no meio acadêmico e também seu papel como agente mobilizador de todo um processo social.
Freire nos fala sobre o ser epistemologicamente ético que deve estar por trás de tudo que ensina e como ensina, não perdendo, porém, a noção de que ao ensinar aprende e só pode ensinar se estiver de fato aberto a aprender. Outra coisa importantíssima segundo a visão de Freire é nossa condição como seres inseridos num contexto histórico e social, político e antropológico de culturas variadas, onde os saberes se fundem e reforça de que não há menor ou maior saberes, mas saberes diferentes.
Na perspectiva Freireana temos o sujeito apto a tecer sua própria caminhada com autonomia e lucidez, apoiado pelo sistema que deve ser o meio pela qual esse processo se dá. Ressalta que através de políticas sociais dirigidas à educação uma nova realidade é possível, e que apesar da imoralidade como é tratada a classe dos professores com seus míseros salários, somente através da educação é que se pode mudar a cara de uma nação! E de uma sociedade!

domingo, 14 de junho de 2015

Mass + age = era das massas


"Os homens criam as ferramentas. As ferramentas recriam os homens."

Esta semana em nossa interdisciplina Corporeidade e Epistemologia tivemos a oportunidade de fazer uma reflexão acerca do processo evolucionário de nosso cérebro bem como a forma como atuamos em relação aos nossos sentidos extracorpóreos, mas também à parte intocada sobre como nosso cérebro se estabelece e que talvez seja a única coisa que nos coloque num patamar muito superior em relação a outros mamíferos, que é nossa consciência!
Sim, a consciência é aquilo que nos diferencia e que também não se encontra numa parte específica de noss cérebro mas em toda a parte. Está conectada e desenvolvida para atuar com todas as nossas ações cerebrais e sensoriais.
Segundo um dos autores que estudamos, Marshall McLuhan, passamos atualmente por um processo de retribalização em relação à forma como apreendemos o mundo e nossos processos comunicativos. Uma pergunta que não quer calar  para toda essa gama de teorias e saberes é: aprendemos formas originais e diferentes de percepção do mundo, ou apenas fotografamos aquilo que o meio nos passa?

https://youtu.be/r9LOlkEljvQ

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Final de Trimestre

Com o fechamento do trimestre,  nesta semana, começam também os problemas com o rendimento de muitos alunos! E seus escores finais. É  uma história que a cada ano se repete. Infelizmente, nossos alunos não têm o hábito do estudo e da leitura e muitos acabam desenvolvendo muitas dificuldades nas disciplinas escolares, essencialmente as que exigem maior concentração. Com o novo Ensino Médio Politécnico vieram as mudanças quanto à avaliação -  tema mais que debatido nos livros de educação moderna. Agora, usamos a forma conceitual para mensurarmos o alcance dos alunos durante os trimestres, o que de fato, não me deixa certezas sobre a melhora ou não, no processo de aprendizagem em si. O fato, é que decidimos fazer as provas de recuperação contemplando as áreas de conhecimento como um todo e não disciplina a disciplina. Pensamos algo único, que fizesse os alunos pensarem de forma conectada e interdisciplinar no processo de aprendizado e avaliação! No entanto, a maioria está alarmada agora, com o fato de que terá que fazer uma "prova"/"trabalho" que contemple toda a área de linguagem, por exemplo! É  difícil se chegar a um bom-senso sobre qual a forma mais correta de se avaliar e ter um olhar realmente construtivo sobre o estudante, essencialmente nos dias de hoje quando a família, em muitos casos, encontra-se ausente no acompanhamento da vida escolar do aluno, e muitos responsáveis aparecem apenas na entrega dos boletins! 

domingo, 24 de maio de 2015

A Árvore do Conhecimento

Esta semana tivemos um tarefa bem interessante, solicitada na interdisciplina de Corporeidade e Epistemologia, pelo professor Clézio Gonçalves. A leitura do texto de Maturana. O livro, "A árvore do Conhecimento",  que por sinal havia comprado há alguns anos,  na feira do livro de Porto Alegre, apareceu de novo,e  agora na Pedagogia. A leitura é essencial em nosso processo de reconhecermo-nos como seres que relativamente estão  inseridos num meio, e num processo de integração de coordenações de saberes. E isso é plenamente aplicável à nossa realidade em sala de aula, desde o momento que lá ( na sala de aula), temos os mais diversos organismos com suas estruturas autopoiéticas individuais, oriundas de outros meios com suas dinâmicas integracionais próprias!
Deixo um trecho de Maturana para refletirmos nosso papel de educadores e aprendentes nesse universo complexo de conexões!
A cosmovisão sobre o universo humano que aqui se apresenta nos mostra que ela é coroada com a mesma concepção ética  que nos faz refletir na condição humana como uma natureza cuja evolução e realização está no encontro do ser individual com sua natureza última, que é o ser social. Portanto, se o desenvolvimento individual depende da interação social, a própria formação, o próprio mundo de significados em que se existe, é função do viver com os outros. A aceitação do outro é então o fundamento para que o ser observador ou autoconsciente possa aceitar-se plenamente a si mesmo. Só então se redescobre e pode se revelar o próprio ser em toda a imensa extensão dessa trama interdependente de relações que conforma nossa natureza existencial de seres sociais, já que, ao reconhecer nos outros a legitimidade de sua existência (mesmo quando não a achemos desejável em sua atual expressão), o individuo se encontrará livre também para aceitar legitimamente em si mesmo todas as dimensões que atualmente possam ocorrer em seu ser e que têm sua origem precisamente no todo social. Isso liberta nossas relações (e convenções) sociais de um imenso e pesado fardo "original", reconciliando-nos de passagem com a própria vida, por ser essa reflexiva viragem um retorno a si mesmo, por meio de um reencontro com o restante da própria humanidade.



domingo, 17 de maio de 2015

PPP


Etimologicamente, o termo projeto provém do Latim - projectu, particípio passado de projicere, que significa lançar adiante. Plano, intento,desígnio. Empresa, empreendimento, plano geral, edificação. (Ferreira 1975, p.1.144)
E isso é exatamente o que entendemos e pretendemos com nosso Plano Político Pedagógico. Lançar o que devemos e pretendemos fazer como corpo docente e discente, em nossa escola.
Desde que pedi à minha coordenadora pedagógica o nosso PPP, para que eu pudesse analisá-lo e fazer a tarefa pedida para a nossa nova interdisciplina, me deparei com um desafio a trilhar! Mais um! O de reorganizar este documento!
Me propus junto à parte pedagógica de minha escola refazermos nosso PPP, que em muito grita por uma nova vida. E é isso que o curso também está me possibilitando,  ferramentas e conhecimento para que esse projeto reviva novamente. Inclusive, detectamos que a parte ortográfica encontra-se em desuso! Portanto, é salutar que haja não só uma releitura, mas também uma reescrita de nosso PPP.
Conto com o auxílio de meu colega, professor de Física, André, que estará junto comigo, nessa nova atividade e também com a equipe pedagógica, além dos comentários, sugestões e críticas tecidas pelos professores anteriormente.
Será um desafio, mas quero dar meu melhor, pois acredito que minha escola merece e todos nós devemos ter acesso a esse documento que antes, quase nunca, era lido, discutido ou questionado!

domingo, 10 de maio de 2015

Diferenças

Esta semana, estamos iniciando as provas trimestrais, então, estamos definitivamente num momento de muito trabalho e intenso contato com os alunos, principalmente porque sempre há novos desafios. Este ano recebemos muitos alunos oriundos do ciclo, que vem para o Ensino  Médio com conhecimento mínimo, em termos de conteúdos básicos para que possamos dar prosseguimento às atividades pedagógicas previstas para os trimestres e ano letivo.
Tornou-se cada vez mais desafiador para o professor lidar com os mais diferentes perfis e adequá-los igualitariamente, ainda em cima de seus planejamentos básicos, bem como tecer objetivos de aprendizagem que estejam diretamente concatenados com sua disciplina específica. 
Nesse processo, encontro as maiores dificuldades, pois que é salutar que as diferenças e limites de cada um passam pela forma como apreendem o conhecimento! E devem ser respeitadas!



domingo, 3 de maio de 2015

Violência e Educação


Esta semana foi bastante produtiva e por que não dizer uma semana ativista! Sim, isso mesmo. Estive engajada com meus alunos e também junto à comunidade num projeto que une a comunidade da Zona Sul em prol de mais segurança para esta parte da cidade.
E convoquei, obviamente, alunos, ex-alunos, amigos  e colegas, escolas locais, comércio, etc para uma reunião que aconteceu na igreja São Vicente Mártir, organizada por mim, onde tivemos a participação não só da comunidade, mas de escolas, de alunos, de pais, comerciante e todos que estão atormentados com a impunidade em relação à falta de segurança pública. Na reunião, estiveram presentes o Secretário de Segurança Municipal, um vereador, a secretária do vice-prefeito, o assessor da Comissão de segurança do Estado, o capitão e tenente do nosso Comando policial militar, da região,  o Padre daquela paróquia, bem como líderes comunitários, pessoas ligadas a ações comunitárias.
Pessoalmente foi um lavar de alma, já que estou engajada ativamente em colaborar através de ações públicas bem como do chamamento de autoridades na colaboração e ação integrada.
Quando resolvi abrir aos alunos o que me ocorrera com a questão dos assaltos à mão armada, que sofri no período de 9 meses, qual foi minha surpresa? Muitos deles me procuraram, me mandaram, emails, mensagens pelas mídias, todos se solidarizando com a causa e inclusive me trazendo casos pessoais de violência, como a história de uma aluna que relatou o assalto ocorrido quase em frente a nossa escola, e  que quando chegou ao prédio, não resistiu e desmaiou; outro,  que após cinco assaltos desenvolveu síndrome do pânico; ainda uma outra menina,  que foi assaltada quando abria o portão de casa...,  enfim, os casos são muitos e impressionantemente dramáticos! Isso só me confirmou que lutar por um direito básico, como a segurança pública, assim como educação, não é só dever meu, mas uma causa de todos! Um assunto que é pauta na educação e que deveria ser primordial para uma sociedade! Fizemos inúmeras reflexões em sala de aula, como a própria sociedade de consumo, o tráfico e uso de drogas, a falta de escolaridade e condições mínimas de coexistir. Interessante que quando assisti ao filme proposto pela nossa interdisciplina de Cultura e Sociedade,  me vi, como nessa semana, trazendo à tona aquelas reflexões que são propostas pelo filme. Está em meus planos trazer o filme para a discussão com os alunos  na sequência.

sábado, 18 de abril de 2015

Machuca

Hoje assisti ao filme Machuca, sugerido pela nossa interdisciplina de Cultura e Sociedade! Só posso dizer que o filme , retratado em sua história que se passa no ano de 1973, considerado os anos de chumbo no Chile,é mais atual do que nunca. É atual por que traz várias conexões com o nosso mundo e especialmente conosco, estudantes do PEAD-UFRGS, já que o filme nos contempla com a história de amizade entre um garoto, Gonzalo Infante,  classe média-alta, estudante da Escola Saint Patrick, escola bilíngue, coordenada pelo padre McEnroe, simpatizante das ideias de Allende, então no governo, e Pedro  Machuca, morador de um assentamento muito pobre próximo à Escola. Machuca é aceito na Escola SP como bolsista e ali começa a amizade dos dois e também a desigualdade dos mundos distintos em que vivem, não tirando de fato algumas similaridades emocionais como os conflitos de família que ambos passam; a rejeição pelos outros colegas, a timidez,  o encantamento pela mesma menina! Tudo isso os aproxima como nunca. Gonzalo que está alheio ao que acontece em seu país começa a se deparar com um universo antes nunca imaginado como quando visita o amigo e percebe que na casa não há banheiro!
Machuca está inserido no contexto de provocação e contrariedade em relação ao sistema e sua condição de índio, pobre, de família "comunista"!
Os protestos mostrados no filme não saõ diferentes dos vividos por nós, onde a classe dominante está definitivamente alheia às necessidades básicas do outro como condição mínima de dignidade!
Somos todosPedro Machuca, pois quantos de nós sonhamos em estar na universidade federal, numa melhor condição profissional até, e sem as devidas condições mínimas de igualdade socioeconômica fomos sucumbidos pelo sistema? Acredito que muitos!!
É um filme bonito, sensível,  reflexivo do ponto de vista de nossas atribuições e papel como educadores, mas acima de tudo um filme real! Nos leva à contemporaneidade quanto aquilo que é nós e o outro! A própria alteridade se confunde com a existência!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Portfólio

Me incorri em questionamentos metalinguísticos quando iniciei este blog e principalmente depois que comecei  a leitura sobre a definição, conceito e entendimento do que estamos fazendo, bem como da palavra que tanto temos usado e falado nos últimos dias! Todos sabem como se escreve corretamente a palavra "portfólio"? Bem, acredito que trata-se de um, mais um anglicanismo a que estamos expostos. Não me surpreende, no entanto, não termos uma palavra ou conceito que defina tão bem os trabalhos que estamos tecendo, bem como na forma que se apresentam! Poderia ser um dossíê! Uma coletânea, etc. Porém,  mesmo com a palavra "dossiê" incorremos em mais um estrangeirismo: "Do Francês Dossier, 'conjunto de documentos, de papéis', de Dos ( do L. DORSUM), 'costas, dorso'),'costas, lombada', porque nesta parte do conjunto se colocava uma etiqueta para identificação."

O importante é que tenhamos em mente que nosso portfólio, seja ele escrito da forma que for tenha a cor e a tradução de nossos pensamentos, nossas reflexões e sentimentos!  Que porte as nossas fotografias de aprendizado e crescimento durante o curso!

Fonte:
http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/dossie/
http://webinsider.com.br/2005/07/03/portifolio-e-portfolio-qua
l-a-grafia-correta/




segunda-feira, 13 de abril de 2015

Tu tornas eternamente responsável por aquilo que cativas

Meu trabalho  é basicamente com adultos ou adolescentes! Eja e Ensino Médio. Então, tenho/temos enfrentado um problema sério pois a maior parte das escolas estaduais de Ensino Médio, caso da minha, recebe alunos oriundos do ciclo ( município) ou então , de outras escolas, com outras dinâmicas, outros perfis e é em cima desses diferentes perfis que elaboramos a cada ano, as diferentes turmas que vão formar o nosso Ensino Médio! Supõe-se que um aluno chegado ao EM deva estar apto às competências básicas do Ensino Fundamental e seus pressupostos pedagógicos. Acontece que na prática isso não funciona assim, desse jeito. O que fazer com um estudante que chega à essa etapa sem nem ao menos ter conhecimento sobre que são "pronomes pessoais"? A coisa complica pois nos reinvantamos para tentar atingir e contemplar a todos de forma a não massacrar aquele aluno que também espera por mais. Em termos de sala de aula, esse tornou-se meu grande drama! Às vezes consigo contornar a situação e trazer todos para os objetivos que proponho e  comumentemente me reinvento dando aulas de história, geografia, arte, português, inglês ( minha disciplina), e até matemática!

sábado, 11 de abril de 2015

Mercedes Sosa - Gracias a La Vida

Essa canção não é somente a canção do dia, mas a canção de uma vida! A vida que damos graças por tê-la! Gracias a  mi vida que me ha dado tanto...principalmente a distinção entre a própria existência. Estamos todos os dias expostos a não existirmos mais, porque ser/estar é sucumbir à própria tarefa de viver! Ontem sucumbi, hoje dou graças à vida!


terça-feira, 7 de abril de 2015

Caminho

Todo caminho percorrido é sempre ponte para um novo caminho!
Ao me deparar com os desafios propostos em nosso portfolio me dou conta de que ao entrar nessa nova ponte visualizo meu percurso como quem parte em busca! É um desdobrar de ideias e aprendizados! E lá no fim, antes da próxima ponte,  o sol! Ilumina-se o dia, e nova ponte avisto!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Dom Gato e Dona Andorinha

   "O mundo só vai prestar                                          Para nele se viver                                                     No dia em que a gente ver                                              Um gato maltês casar                                                    Com uma alegre andorinha                                          Saindo os dois a voar                                           O noivo e sua noivinha                                                  Dom gato e Dona Andorinha"                                                                                           Jorge Amado
Há três dias tive o prazer de terminar um livro saborosíssimo sobre o olhar de Zélia Gattai e seus filhos, Paloma e Jorge,  sobre Jorge Amado, o marido, o pai e como o viam na vida em geral, com os amigos, nos escritos literários e suas aventuras, frases, de efeito, manias, etc. http://pt.wikipedia.org/wiki/Um_Baiano_Rom%C3%A2ntico_e_Sensual.Nesse livro de memórias, há um episódio interessante em que seu filho, Jorge, relembra  a história do gato malhado e da andorinha sinhá, história que fora um  presente de aniversário para o filho, na época em que a família toda vivera exilada em Praga. Na história inicial a andorinha e o gato não ficam juntos! E mesmo menino, Jorge se questiona sobre isso! Muitos anos depois Jorge Amado,  o pai, considera que se escrevesse  àquela época, mudaria a história, e os dois ficariam juntos. Na visão dos filhos isso ocorreria porque o pai àquela altura da vida e de todas as suas experiências eliminara tantos preconceitos e diferenças, e que portanto, seria muito melhor que os dois ( o gato e a andorinha), mesmo tão diferentes, ficassem juntos! Assim mesmo, somos nós, quantas vezes nos damos conta de que saberes e ideias antes preestabelecidos e arraigados passam a ser pra nós como a história da ave e do felino! Apenas um detalhe!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

O tempo

O tempo! Cada vez que me lembro que iniciei esta jornada rumo à universidade chego a me arrepiar com o fato de que o tempo é meu aliado mas também poderá ser um obstáculo no decorrer do percurso!
A mesma vontade que tenho de completar o tempo está inversamente otimista, (digo, o meu otimismo!) com o tempo que ainda tenho! No entanto, sei dessa necessidade e desse caminhar. Espero daqui quatro anos, encerrar este blog com o mesmo poema de Mário Quintana! Quando se vê já é 2018!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Novos Saberes

Quando vi meu nome na lista, após o vestibular, me dei conta que estava me desafiando a um novo caminho, repleto de novos e diferentes saberes! E é exatamente assim que me sinto agora, fazendo a travessia do rio! Não sei ainda se sou a professora, ou o advogado, mas certamente se a canoa virar quero ser o barqueiro! Porém, assim como os saberes, acho que variamos nossas posições para nos adaptarmos às mais diferentes situações.Ora sendo um, ora sendo outro, mas sempre com a certeza de que estamos sempre a aprender novos saberes!

Saberes diferentes

Em um rio largo, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:

- Companheiro, você entende de leis?
- Não! Respondeu o barqueiro.

E o advogado compadecido:
- É uma pena, você perdeu metade da vida!

A professora muito social entra em conversa:
- Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
- Também não. Responde o remador.
- Que pena! - lamenta-se a mestre. Você perdeu metade da vida.

Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O canoeiro preocupado, pergunta:
- Vocês sabem nadar?
- Não! Respondem eles rapidamente.
- Então é uma pena.

E conclui o barqueiro
- Vocês perderam toda a vida!!!!

"Não há saber mais ou menos: há saberes diferentes." (Paulo Freire)