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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A Maquinaria Escolar

O texto que, certamente, tornou-se um marcador de águas em meu percurso no PEAD foi o texto "A Maquinaria Escolar", proposto na Interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica.


O texto faz um movimento histórico, mostrando a evolução e o formato pedagógico da escola num modelo escolástico ocidental. Esse modelo, mesmo medieval, ainda é amplamente o desenho escolar que conhecemos nos dias de hoje. A mesma disposição e a mesma forma de transmitir o conhecimento.

É possível, portanto, que a partir desse texto, possamos, nós, professores, questionarmos se não somos tão medievais quanto o modelo apresentado no texto.



Nesse aspecto, a leitura compreensiva desse texto lança luz aos docentes, que em formação, perguntam-se, a que se ensina e para quê? Um retrospecto da prática em sala de aula, ou apontar caminhos para uma melhora no lay out que queremos para a educação no futuro. Uma das pequenas formas de pensar num sentido oposto à maquinaria em que vivemos é, por exemplo, abolir as provas escolares, ou pelos menos, a forma como são despejadas nos alunos, que pouco faz pensar, e sim, privilegia um conhecimento cristalizado.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O professor e a Cultura.

Um dos pontos de destaque nos Eixos iniciais do PEAD e que trouxe imensas reflexões ao grupo, a ponto de ser lembrado agora para esta postagem, certamente, foi o texto de Marilena Chauí, proposto para a interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade.
Neste texto a autora aborda o tema sobre a cultura e a democracia, reconstituindo a interpretação acerca da "cultura", visto que assume variadas funcões e entendimentos variando conforme o lugar e o tempo.

A relevãncia de tal tema, encontra respaldo em todo o processo democrático e educacional, pois o professor, mediador e um agente cultural de seu tempo, atuando e intervindo no processo de aprendizagem de outras tantas pessoas com culturas diferentes, como é o caso, por exemplo, dos docentes que atuam junto a comunidades indígenas ou quilombolas. Ou mesmo na periferia de grandes centros urbanos, escolas rurais, escolas pertencentes ao MST, dentre outras.

Entender as diferentes culturas e como isso é simbiótico à educação, de maneira geral, é primordial na da formação do professor, que precisa, antes de tudo, entender seu  papel na sociedade, como agente mediador, mas como trabalhador que utiliza sua mão-de-obra - o conhecimento - na promoção de uma sociedade mais horizontal.

Referências: Chaui, Marilena. Cultura e democracia . En: Crítica y emancipación : Revista latinoamericana de Ciencias Sociales. Año 1, no. 1 (jun. 2008- ). Buenos Aires : CLACSO, 2008- . -- ISSN 1999-8104. 

PEAD - 2 anos

Os quatro primeiros semestres do PEAD foram estruturantes do formato do curso, pois concentraram-se em interdisciplinas que embasaram as subsequentes, isto é, foi necessário um preparo para o que viria. Considerando que todos os alunos do PEAD são professores, atuando em sala de aula, ou mesmo no âmbito educacional, não houve uma esruturação no sentido do reconhecimento do papel do educador, mas, principalmente, em relação as práticas já desenvolvidas e o confronto com autores e teorias que nos levaram à construção de novos saberes.

Tais saberes foram desenvolvidos de maneira organizada respeitando as características próprias do aprender, pois ensinar também implica aprender. Como, por exemplo, quando se retoma à interdisciplina de Alfabetização, bem como  à interdisciplina de Corporeidade, as quais propiciaram um contato com o conhecimento analisando aspectos trabalhados em sala de aula sob ângulos e pontos que para muitos estavam restritos à prática,  como os processos neuropsicológicos relacionados à leitura e à escrita.

Além disso, uma interdisciplina do eixo inicial, e que trouxe grandes contribuições à formação docente foi a de Escolarização, Espaço e Tempo sob a perspectiva histórica, visto que entender o papel do professor como humanizador além de situá-lo no espaço e tempo em que se vive, ante às mudanças políticas, sociais e econômicas é também uma forma de levar o docente à reflexão sobre seu verdadeiro papel na sociedade.

Estágio Docente

Ao inciar a interdisciplina de Seminário Integrador VII, dou início também às diretrizes que irão compor, no próximo semestre, meu estágio de docência. Assim, penso que uma forma produtiva e significativa de dar sentido a minha formação, bem como a tudo que tenho pesquisado nos últimos tempos, seja como aluna do PEAD, seja como mestranda da área da educação, é poder ajudar os futuros estudantes nos processos de aquisição da leitura. 

Sabe-se que a leitura é a arquicompetência que acessa todos os saberes. Não apenas uma habilidade ligada à língua portuguesa. No entanto, os números apontados pelo INEP, sugerem que 28% dos brasileiros entre 15 e 64 anos ainda encontram-se no nível "analfabeto funcional". 

Dessa forma, é muito importante que essa motivação para transformar minha pequena realidade e também dos estudantes seja norteadora em todo o meu período de estágio. Quero por meio do meu trabalho valorizar e dar robustez ao desenvolvimento dos processos relativos à compreensão leitora, para que possam (os estudantes), ao apreender esta habilidade cognitiva, aplicarem em outras áreas do conhecimento e com isso alavancarem seus desempenhos escolares. 

domingo, 24 de junho de 2018

Consciência Fonológica

Neste VII eixo do Pead, na interdisciplina de Linguagem e Educação, trabalhamos, essencialmente, os processos de aquisição da linguagem e como se dá esse constructo nas diferentes abordagens metodológicas e suas implicações para a educação. E, para finalizarmos nossas atividades, propomos três atividades que visem à consciência fonológica das crianças que estão em processo de alfabetização e letramento.

Atividade 1 - Aliteração


Quantidade mínima de participantes: 02


Os participantes disputam a ordem do jogo através do dado. Quem tirar o número maior, inicia a partida retirando um pregador da caixa e colocando-o na figura correspondente. Em seguida, deve listar outras cinco palavras que tenham o mesmo som inicial da figura.  Se for utilizado como jogo de competição, os participantes ganham um ponto para cada acerto. Se a intenção for trabalhar também a matemática, pode-se estipular pontuação diferente para cada cor de cavalo, que indica a quantidade de acerto (por exemplo, ao acertar uma palavra, o jogador ganha o cavalo da cor X, que equivale a um ponto). No final, cada um calcula sua pontuação.

http://psicopedagogiasalvador.blogspot.com/2014/01/trabalhando-consciencia-fonologica-com.html?spref=pi&m=1 



Atividade 2 - Rima

Nesta atividade que envolve rimas, além de trabalhar as palavras e seus sons semelhantes, as crianças trabalham com os animais. É possível, antes mesmo de apresentar a atividade escrita, trabalhar com as figuras e os nomes dos animais, buscando atingir as crianças, por meio do método analítico-sintético como proposto pelo quadro de Galvão e Leal (2005). 

https://escolaeducacao.com.br/atividades-com-rimas/atividades-com-rimas-2/


Atividade 3 - Troca-letras

Nesta atividade, as crianças devem trocar as letras como indicado na figura. Obviamente, nesta etapa, é provável que já estejam familiarizadas tanto com as letras como com seus respectivos sons, de maneira que possam identificar sua esrita (icônica), e os sons que forma trocando essas letras. É sugerido aplicar esta atividade para o 2º ano. 

https://www.danieducar.com.br/2011/11/troca-letras-2.html?m=1 



REFERÊNCIAS

COELHO, Maria José Gonçalves; LANZA, Paula Moreira Martins de Oliveira; REIS, Izabel Cristina da Silva. Consciência fonológica e a aquisição da linguagem escrita: relações e implicações para a prática pedagógica. Pós em Revista, out./2015.


ORALIDADE E ESCRITA. Disponível em: https://youtu.be/29LMeYjjxZM.

sábado, 9 de junho de 2018

Avaliação

Quero compartilhar  essa reflexão, proposta para a interdisciplina de Didática, a respeito da avaliação - tema tão debatido entre educadores e tão controverso entre no âmbito educacional. 

A avaliação deve ser entendida como um processo e, se pensarmos o objetivo primordial do seguimento ensino-aprendizagem, de que serve a avaliação senão promover o saber de nossos estudantes, respeitando suas diferenças e habilidades? 

Assim, proponho uma análise em cima do texto  de Ferreira (2009), que aborda as mais diversas faces e fases do processo avaliativo, tema que vem sendo discutido há muito tempo, por educadores e especialistas na área da educação. Assim, como professores e mediadores da aprendizagem, pensar reflexivamente a avaliação é um exercício para nosso próprio auto-conhecimento. 

A autora, portanto, sugere que pensemos para quê e para quem servem os processos avaliativos a que estamos institucionalmente atrelados, criando os momentos "ritualísticos" como denomina em seu texto, observando que até mesmo a disposição em que dispomos os alunos em sala de aula, de forma a classificá-los não só em seu desempenho cognitivo, por meio de testes e provas, que resumem todo o conhecimento aprendido em uma só forma classificatória, mas também a disposição física, lembrando mais uma vez, da militarização com que tais métodos são aplicados.

Além disso, destacamos outro ponto pertinente à avaliação, que é a forma unilateral com que é sempre proposta, ou seja, sempre o professor, suposto detentor do "saber", é quem operacionaliza tal fato, classificando seus estudantes de forma a coletar dados quantificáveis para os padrões institucionais.

A avaliação, portanto, deveria ser algo que propusesse um encontro com o processo ensino-aprendizagem, e não um momento estanque, que se estabelece de forma vertical; colocando à reflexão.., também a metodologia do professor e da instituição, e não apenas do educando.

É necessário, porém, que saiamos do método tradicional e mais fácil de olharmos para nossos alunos, como nos momentos estanques de avaliação, propostos por provas e trabalhos que, muitas vezes, colocam em cheque até mesmo o psicológico dos estudantes, cobrando deles um conhecimento também estagnado, que não se relaciona com o processo e o tempo de cada um.

Isso, obviamente, exige do educador muito mais elementos de bases conceituais que sustentem sua ideologia pedagógica, que façam com que olhe o aluno, como sujeito histórico e dialético, no processo de avaliação, considerando toda a aquisição, tempo e empenho, naquilo que propomos como objetivo para nossa práxis em sala de aula.




sábado, 2 de junho de 2018

Linguagem e Aprendizagem

Proposta pela interdisciplina de Linguagem e Educação - a elaboração de um esquema onde pudéssemos comparar as teorias sobre aprendizagem, propostas por Piaget e Vygostsky, levando em conta as fases do desenvolvimento e as diferentes características de expressões da linguagem e da inteligência na criança. 







https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2443267/mod_resource/content/1/aula%204%20completa.pdf

segunda-feira, 28 de maio de 2018

A Gasolina Parou o Brasil

Difícil falarmos sobre aulas, trabalhos da faculdade e projetos acadêmicos que temos em vista quando o país desmorona sob os olhos de uma nação que, pouco ou nada tem aprendido com a História. Com a sua própria História. Vimos o gigante tombar e, não pela falta de uma educação pública de qualidade; não pela falta de segurança nas ruas da cidade e nem tampouco pela falta de saúde que dê amplo acesso à toda população. 

Nos vimos diante da falta de combústivel. Energia não-renovável que nos faz ter o direito de ir e vir! De preferência se estivermos indo ou vindo em nossos carros. 

Assim, a greve nacional dos caminhoneiros toma por fantoches, mais uma vez o sofrido trabalhador brasileiro.Incluindo os próprios caminhoneiros que, em suma, sabemos não representam o total dos trabalhadores a reivindicarem por melhores condições nas estradas, menos pedágios e preços menos abusivos do óleo diesel..., mas a todos que desses serviços dependem, ou seja, a maioria da população brasileira. Então, vemos estes hoje, sendo usados por um empresariado aliado a um governo golpista, com respaldo de uma justiça corrupta, ilegítima em seu código de ético e que a cada dia que passa em cima de um plano neoliberal de entreguismo dos recursos e riquezas deste país, sucumbe à especulação do mercado internacional, em negociatas pouco entendidas pelo cidadão comum, que em meio a uma avalanche de informações midiáticas se vê no meio de todo o caos.

Quantos dias mais suportaremos? O fato é que há famílias passando necessidades, sem acesso aos bens imediatos de consumo como gás, comida, remédios, etc.

Me pergunto sobre o papel que nós educadores, frágeis educadores, temos no cenário de paralisação em que nos encontramos. Bom seria se os professores de todos os cantos desta nação, fossem tão respeitados como os caminhoneiros e que a educação fosse tão importante quanto a gasolina.


sábado, 19 de maio de 2018

Escrita Acadêmica

A atividade proposta para a interdisciplina de Seminário Integrador, desta semana, foi a a análise de textos escritos por nossas colegas do PEAD. Todas  tinham a tarefa de ser revisoras de duas colegas, ao passo que outras duas colegas, também leriam nossos textos.

A atividade objetiva que façamos um aprimoramento de nossos processos de escrita e leitura acadêmica e, com essas trocas, que também possamos incrementar nossos achados e aprendizados adquiridos até aqui, além de fazermos uma análise reflexiva sobre de que forma tentamos expressar nossas ideias e aquilo que temos apreendido como educadoras. 

A proposta, além de criativa, nos coloca no papel de professoras de nossas parceiras de PEAD, mas também de alunas, já que seremos lidas por outras duas pessoas com o mesmo objetivo,  o de trazer contribuições  para aquilo que já construimos em nosso saber acadêmico.

Diferentemente do que pensa a maioria, a escrita acadêmica não precisa ser algo enfadonho ou difícil, com uma linguagem inacessível. Ao contrário, é essencial que haja objetividade e precisão, bem como autoria, autenticidade e referências, para que possa o leitor se situar no contexto daquilo que lê. Além disso, a escrita acadêmica pressupõe algumas regras que devem ser respeitadas, como a estética, a formatação, a quem se dirige tal texto, além de um domínio da língua portuguesa.

Todas essas caracaterísticas mencionadas acima servem para deixar o texto mais claro e ao alcance do público que pretende atingir, de maneira que ao lermos a mensagem expressa, possamos entender e conversar com o autor e suas ideias à medida que vão se desenvolvendo no desenrolar da escrita.

sábado, 12 de maio de 2018

A Escola e as Tecnologias Digitais

Como pensar a escola como instituição de ensino que se presta a formar, educar, informar, dentre outros, mas que, ao mesmo tempo, confronta toda essa responsabiidade atribuída, por séculos, ao ambiente escolar, com as tecnologias e recursos digitais da atualidade, ou mais conhecidas como TDs? 

A resposta, certamente, não é simples e, provavlemente, não seja única, porém, analisar os processos e seus "usuários" (alunos), seja a melhor maneira. 

Muitos de nós, educadores, como aponta Schlemmer (2006), somos os "imigrantes digitais", ou seja, atuamos como estrangeiros em relação a essa nova modalidade de inserção, que é a era digital. Os alunos? São os "nativos digitais", já que, iniciaram sua existência como originários dessa nova modalidade de viver, seja o conhecimento, seja sua operacionalidade e tudo que nele está envolvido por meios dos recursos digitais disponíveis desse "novo tempo".

A autora realça ainda, não só a forma como somos e nos encaixamos nos ambientes  e tecnologias digitais mas como ocorre muitas vezes, o processo de ensino-aprendizagem, onde, a exemplo de orientações behavioristas o aluno acaba, em muitos casos, copiando trabalhos da internet, por exemplo, como forma de cumprir os protocolos estabelecidos pelo modelo conteúdista.

Devemos, portanto, fazer uma análise profundamente reflexiva sobre o quê e para quem estamos ensinando, e o que queremos com isso. Nosso aluno, nativo digital, opera sua aprendizagem muito mais pela interação com as tecnologias do que com a cópia de ideias prontas. Assim, entendemos que o conhecimento não é gerado pela internet, mas encontra-se lá, sendo acessado/copiado pelo aluno em situações de trabalhos escolares por exemplo. 

No entanto, o que queremos observar é a relevância de tais trabalhos para um aprendizado verdadeiramente significativo, que possa dar autonomia cognitiva ao aluno e não que o leve ao "copia e cola".
Repensar as formas de ensino e as práticas analógicas que se perpetuam por séculos nos âmbitos de ensino  é apenas uma das quebras de paradigmas que precisa rever a educaçã moderna em sua passagem de imigrante digital para a legalização da permanência na era digital, acompanhando, consequentemente, seus respectivos aavanços.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Linguagem na Criança

Na interdisciplina de Linguagem e Educação, estamos analisando os processos concernentes à aquisição da linguagem e as diferentes fases do desenvolvimento da linguagem, bem como as características apresentadas pelas crianças nas respectivas fases desse aprendizado
Assim, entendemos o quanto é importante a comunicação com os bebês, desde os primeiros balbucios até as palavras "soltas", ou sons emitidos pela criança,  em seus processos de imitação, repetição etc.
É muito importante que pais, cuidadores e professores fiquem atentos aos sinais comunicativos emitidos pelas crianças e pelos bebês, já que a ausência de reação perante  os sons do ambiente, pode indicar algum prejuízo referente à linguagem.



Abaixo, disponibilizamos uma matéria sobre as fases infantis e suas diferentes características quanto à aquisição da linguagem.



quinta-feira, 26 de abril de 2018

Planejamento e Aprendizagem

Para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, nos foi sugerido que fizéssemos uma análise do texto de Rays (2000) e, posteriormente, elaborássemos um quadro com suas principais ideias, de forma a elucidar melhor como se dá o planajamento do ensino e da aprendizagem pelos educadores.
Tomando como ideias norteadoras, as variáveis apresentadas no texto de Ray (2000), apresentamos o seguinte quadro:


MOMENTOS
PRINCIPAIS IDÉIAS
DEGUSTAÇÃO
RELAÇÃO COM A PRÁTICA
  1. “Escola e realidade social”



[..]componentes pedagógicos, sempre em relação ao todo social, ao conjunto de fatos que representam esse fenômeno.
[...]a realidade sociocultural construída pelos seres humanos será o ponto de referência inicial[...]
Partir sempre da realidade do aluno, para com isso, construir uma orientação pedagógica que se molde à forma como esses (os alunos) também encontram-se inseridos no mundo.
  1. “Retrato sociocultural do educando”



Perfil econômico e cultural do aluno;
Contradições sociais;
Práticas sociais.


[...]características de aprendizagem dos educandos que estão diretamente ligadas ao retrato sociocultural dos mesmos.
Diálogo crítico a partir da realidade sociocultural do educando.
Inclusão da família, sociedade, educandos e educadores no âmbito da escola.
  1. “Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino”


1)      assimilação,
2)      elaboração
3)       recriação do saber
[...]Um objetivo- conteúdo é significativo-concreto quando está diretamente relacionado a um contexto social determinado, ocorrendo a relação dialética texto-contexto.

[...]Além da ordenação vertical, da logicidade e da inter-relação da estrutura da matéria de ensino a ser desenvolvida, faz-se necessário que o objetivo- conteúdo procure evidenciar as contradições do sistema social vigente, considerando-as no tratamento pedagógico do desenvolvimento da matéria de ensino, seja de forma direta ou indireta.
  1. “Procedimentos de ensino-aprendizagem”



Promover de forma concreta a aprendizagem;
Participação dos alunos na construção dos saberes a serem explorados;

Criação de caminhos de ensino e da elaboração / reelaboração de conhecimentos – [...]um valor formativo dos mais relevantes para alimentar a competência crítico-criativa do educando.
As aulas não são resumidas à reprodução de conhecimentos (memorizar para depois repetir) e, sim, no sentido de atingir a elaboração do conhecimento (situação ideal) ou no sentido da sua redescoberta ou redefinição. Assim, é necessário não só a assimilação do saber historicamente acumulado, mas também a apropriação crítica da realidade social.
  1. “Avaliação da aprendizagem”



A avaliação da aprendizagem surge, portanto, na história da escola com o objetivo formativo de julgar os progressos, as dificuldades e as inquietações que marcam o processo de aprendizagem e, não, com o objetivo de medir o conhecimento. O ato de avaliar não pode ser confundido, portanto, com o ato de medir. Medir o conhecimento humano, medir o conhecimento do aluno, é um ato praticamente impossível.
[...] é parte integrante do processo de ensino e do processo de aprendizagem e somente tem valor pedagógico se estiver a serviço da aprendizagem do aluno.
É preciso, pois, substituir, de uma vez por todas, nos currículos escolares, a "cultura da medida do conhecimento" que resulta sempre na "cultura do conhecimento quantificável", na "cultura da nota", pela cultura da aprendizagem concreta.



sexta-feira, 20 de abril de 2018

Maquinaria Escolar

Ao reler o texto "Maquinaria Escolar", proposto para a interdisciplina de Seminário Integrador VII, e pesquisando a respeito de vídeos, textos e apresentações que discorressem sobre  o mesmo, encontrei essa apresentação que disponho abaixo, o qual, penso, é muito didática e traz as questões do texto para pensarmos de forma mais reflexiva e também visual acerca do papel da escola e seus pressupostos filosófico-pedagógicos para a educação de forma geral.



domingo, 15 de abril de 2018

Didática Hoje

Gostaria de postar aqui, a atividade que foi proposta para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, pois trata-se de uma atividade que se relaciona diretamente ao momento político em que vivemos, de muita polarização, ódios desenfreadas, falsas notícias e uma enxurrada de  falsas promessas, no cenário político, de maneira que, trazer à lucidez questões simples sobre quem são ou como agem nossos políticos, é dever não só dos cidadãos de maneira geral, mas também um dever didático e da educação como um todo.
Assim, gostaria de apresentar nossa ideia de atividade didática, o qual foi proposta por mim e pela Daniela Paixão, após as leituras que nos foram propostas como base para nossas reflexões.


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
Prof. Simone Bicca - Tutora Jacqueline
Alunas: Alessandra Figueiró Thornton e Daniela Paixão -  Turma: D


Atividade 2:
Planejem uma atividade didática integrando diferentes áreas do conhecimento (ao menos três). Explicitem a série e as áreas de conhecimento na proposta de vocês. e postem neste fórum.
Com base nos textos lidos, e na influência que tem o mercado na educação e a educação no mercado, bem como o cenário sóciopolítico e cultural em que estamos inseridos, elaboramos uma atividade para alunos do 3º ano do Ensino Médio, pois, entendemos que após o término da educação básica, estarão, de alguma forma, imersos no mercado de trabalho, assim como nas ações de cidadania, tais como o voto, o serviço militar obrigatório, dentre outras. E para isso, entendemos que é preciso um saber que os leve ao pensamento crítico-reflexivo de seus papéis na sociedade e da importância que tem “discutir e entender política”, contrariamente ao que é dito e divulgado entre os jovens e adultos de forma geral, ou seja, que política, a exemplo de religião e times de futebol, são assuntos indiscutíveis. Queremos, com essa atividade, provar que é exatamente o contrário. Por conseguinte, entendemos que sob o aspecto pedagógico e curricular, essa atividade envolve, essencialmente, eixos temáticos relacionados às disciplinas ligadas às humanidades, como Sociologia, História, Filosofia e Geografia.., mas pode, perfeitamente, ser levada a outras áreas do conhecimento, como a Matemática, se trabalhada com dados estatísticos e gráficos, por exemplo, além de questões gramáticais relacionadas ao texto em si, de forma que também abrange a área das Linguagens e seus Códigos, como no caso de uma tradução do texto trabalhado, por exemplo, ou mesmo, da transcodificação para Libras ou Braile, já que não se encontra disponível no site pesquisado outras formas que não a escrita em língua oficial.

OBJETIVOS
Desenvolver o pensamento crítico;
Discutir política e políticos;
Conhecer os políticos e suas propostas políticas;
Pesquisar fontes oficiais de informações governamentais;

METODOLOGIA
Apresentaremos um texto, cujo título é  “O Jovem e A Política”, escrito por Michel Temer, à época que era presidente da Câmara dos Deputados, entre 2009 e 2010. Porém, não colocaremos o autor. Após a leitura, pediremos aos jovens que debatam sobre os pontos fortes e fracos do texto, elencando e trazendo questões relativas ao texto, à discussão, que será feita em pequenos grupos e, após o término, cada grupo apresenta suas ideias-chaves sobre o texto em questão. Perguntaremos então, sobre se eles sabem quem escreveu o texto e o que pensam, com base no governo que presenciam hoje, tendo Michel Temer como presidente de nosso país, as ideias apresentadas à época em que escreveu o texto.
O texto, disponível no site da Câmara dos Deputados, deverá servir de caminho para que os alunos tragam outras propostas, de outros(as) políticos(as), bem como suas trajetórias políticas e o que fizeram, escreveram, propuseram ou aprovaram (em termos de projetos), como representantes do povo.
Assim, cada grupo elegerá um(a) político(a) e buscará em sites oficiais, como o portal da transparência do governo, ou, o site da Câmara dos Deputados, do Senado e outros..., ligados a fontes governamentais, um perfil do(a) político(a) escolhido(a). Por fim, faremos um grande debate sobre todos os pontos positivos e negativos elencados pelos alunos, de forma que eles deverão chegar a conclusões, a partir dos resultados encontrados.

AVALIAÇÃO
A avaliação se dará com base nas discussões e debates estabelecidos em aula, bem como nos perfis traçados e suas apresentações e argumentações referentes ao mesmo, além do diálogo final, no confronto de ideias com os outros grupos.

REFERÊNCIAS
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23;
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994;
ZEN, Maria Isabel H.Dalla; XAVIER, Maria Luisa M. Planejamento em destaque. Porto Alegre: editora Mediação, 2011, 4 ed.

ANEXO
Texto proposto:
O jovem e a política
É comum ouvir que o Brasil precisa promover ampla renovação política. A premissa sobre a qual se apóia esta meta é a de que convivemos com velhos costumes e métodos, alguns deles datados dos tempos iniciais da colonização. Estamos todos de acordo: mudar é preciso. Ocorre que nenhuma transformação, para obter níveis razoáveis de institucionalização, pode ser realizada da noite para o dia. A mudança política demanda tempo e reflexão. Portanto, para que o processo político brasileiro comece a receber oxigênio, é necessário que plantemos as sementes. E as sementes estão nos jovens. Precisamos olhar com mais atenção para o papel do jovem na sociedade. Para termos idéia de sua importância, basta atentarmos para o fato de que, nas eleições de outubro deste ano, os brasileiros entre 16 e 24 anos formarão um contingente de mais de 5 milhões eleitores.
Infelizmente, esse universo se encontra muito afastado da vida política do país. E as razões são plausíveis. Escândalos, descalabros administrativos, máquinas burocráticas emperradas, partidos sem identificação popular constituem, entre outros, fatores que afastam os jovens do processo político. Na ausência de projeto ético e de uma sinalização comprometida com mudanças, os jovens acabam destinando sua atenção para outras prioridades. É triste verificar que milhares de jovens, levados pela atração dos bens materiais e do consumismo, passaram a ver a política como algo desimportante. Afinal, a política é a arena central da construção do futuro coletivo.
Vemos com muita preocupação essa situação. Os jovens precisam ser motivados. Com bons exemplos, com histórias de decência, com valores e princípios éticos. A conscientização política precisa vir também da Escola, dos mestres, dos pais. Hoje, o país respira política por todos os lados. Os candidatos expõem seus pontos de vista e seus programas. Não existe melhor momento que este para que os jovens possam fazer a sua avaliação e tomar as suas decisões. A mudança pode começar na escolha da representação nas Casas Legislativas. E os candidatos, por sua vez, hão de considerar os jovens em seu repertório, transmitindo idéias e propostas que possam envolver seu interesse.
É fundamental que semeemos o conceito de brasilidade junto ao segmento jovem. A Escola não pode ser apenas território de transmissão de informação. Há de ser, acima de tudo, nicho de formação e desenvolvimento de caráter. Se conseguirmos conferir à Escola o seu papel de agente de transformação social, certamente estaremos forjando a mudança política que o país está a merecer. O jovem é e será o esteio da transformação política brasileira.
Afinal, há coincidência básica na ação política e na ação dos jovens. Ambas se voltam para a construção do futuro. Há diferentes linguagens sendo faladas nesses dois segmentos, mas há mais pontos comuns do que se imagina. É preciso focar as semelhanças para reestabelecer a conexão desse contingente de brasileiros com o universo político. Hoje há novas ferramentas de comunicação, como a internet. O Congresso permitiu a utilização mais ampla desse instrumento na campanha eleitoral deste ano. Esse será um ponto convergente, onde a liberdade de informar, criticar e falar será fundamental. É um território dos jovens onde a política estará iniciando sua caminhada em direção a um reencontro com os jovens brasileiros.

Michel Temer
Presidente da Câmara dos Deputados




sábado, 7 de abril de 2018

Teoria sócio-interacionista

Proposta para a interdisciplina de Linguagem e Educação, a análise da teoria de Vigotsky e suas contribuições à Pedagogia.
Histórico:
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934), nasceu em Orsha, Bielorrusia e viveu na Russia. Morreu de tuberculose aos 37 anos. Casado, teve duas filhas.
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lev_Vygotsky&oldid=51018954
As pesquisas de Vygostky apresentam, em seu aspecto geral, quatro grandes processos descritos no desenvolvimento da linguagem e do pensamento. São eles:
1) a interação
2) a mediação
3) internalização
4) ZDP ou zona de desenvolvimento proximal

No processo de mediação, toda o aprendizado e conhecimento se dá através da linguagem. Em seguida, instaurado o processo de interação, o indivíduo  passa ao processo de mediação, que é a representação simbólica do objeto aprendido, ou seja, quando a criança reconhece o objeto “casa”, por exemplo, e, a partir disso, consegue relacionar a compreensão das relações que se estabelecem com o objeto.Na sequência, temos o processo de internalização, que é expresso no momento em que o sujeito concretiza o aprendizado, podendo, a partir daí, fazer relações entre o objeto, o meio e a si mesmo.Por fim, destacamos a zona de desenvolvimento proximal, que é evidenciada no momento em que o sujeito já sabe quem é, o que é, e entende seu potencial, na relação com o outro. Destacamos que, na ZDP, o papel do professor é muito importante, pois atua como um mediador dos processos de aprendizagem, potencializando no aluno aquilo que já é inerente a sua natureza mas que precisa ser aperfeiçoado por meio da interação proximal.


sábado, 31 de março de 2018

A EJA

Em nossa última aula presencial no PEAD, tivemos a interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, coordenada pela professora Aline Hernandez, com quem já tivemos a oportunidade de dividir outra interdisciplina antes, em semestre anterior. Assim, como proposta inicial para este Eixo, a professora nos levou ao debate sobre o que sabíamos sobre a EJA, assinalando que trata-se de um termo usado sempre no feminino, o que causou algum desconforto para algumas alunas que, acostumadas a referirem-se à EJA como "o EJA",tiveram, já de início, de reformular seus dizeres e pensares. E parece que a quebra de paradigmas com a EJA não se encerra apenas em sua nomenclatura, mas em tudo que envolve esta modalidade de ensino, desde sua construção histórica até as abordagens mais modernas, sempre envolta em preconceitos e distorções, especialmente no âmbito da escolarização pública.
Dessa forma, desenvolvemos nosso debate acerca da EJA, em cima de três questões:
1) o que des/conheço sobre a EJA?
2) quem são os sujeitos da EJA?
3) O que buscam esses sujeitos? Quais seus desejos e expectativas?
Após discutirmos em pequenos grupos, sobre nossas experiências e aquilo que des/conhecíamos sobre a EJA, partimos para a discussão no grande grupo. Interessante que alguns colegas tinham uma larga experiência com essa modalidade de ensino, ao passo, que muitos nunca tiveram qualquer relação proximal com a EJA. 
Uma coisa era consenso, não  há como falar em educação de jovens e adultos sem mencionarmos o grande nome que foi Paulo Freire, bem como autoras ligados à alfabetização e letramento, como Magda Soares e Esther Grossi.
A EJA ainda é uma modalidade em ascenção, num país que luta contra índices miseráveis em relação à educação. Portanto, é dever de todos e também do Estado, que essa modalidade avance sempre e mais, sem o estigma de ser um ensino pobre e sem horizontes para seus educandos.

sábado, 24 de março de 2018

Uma das propostas da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação foi a análise de um texto traduzido para o português, intitulado "O Menininho", de Helen Buckley, inspirado no poema escrito pela mesma autora. Buckley nos conta um pouco sobre que tipos de professores, em geral, temos nos sistemas de ensino e como, por meio de uma didática engessada em currículos e sistemas institucionais podemos bloquear a criatividade de nossos alunos, impedindo muitas vezes que o melhor deles e muitas vezes até o melhor dos professores possa emergir das salas de aula.
O menininho, nada mais é do que a representação de nossos alunos, especialmente nos eixos públicos de ensino que, sem a devida atenção por parte dos governos, que massacram a classe dos professores por meio dos baicxos salários e pela falta de investimentos na área da educação, acabam, por sua vez, tonando-se tão autômatos quanto os alunos que ensinam. Uma triste realidade de nossas instituições de ensinoe que a longo prazo só nos resta esperar por mais "menininhos".


quinta-feira, 15 de março de 2018

Vida de Gado

Ainda sobre a interdisciplina de Linguagem e Educação, foram trazidos ao debate, como as linguagens expressas pela música pode dizer muito sobre os processos sócio-políticos e culturais em que nos encontramos, bem como suas mais diversas formas de manipulação, o que muitas vezes passam despercebidos pelo entendimento popular, mas que na música, além da melodia, assumem aspecto poético. Assim, a professora nos orientou que ouvíssemos a letra da música com atenção e refletíssemos acerca do momento atual em nosso país e sociedade. 

Linguagem e Educação

Em nosso último encontro presencial no PEAD, tivemos a interdisciplina de Linguagem e Educação com a professora Ivany Souza Àvila que iniciou falando sobre os mais diversos tipos de linguagem e o quanto elas podem influenciar nossa forma de vida e visões sobre o mundo. Foram abordados aspectos sobre a linguagem oral, escrita, gestual, etc. 
Além disso, em pequenos grupos nos organizamos para discutir as diferentes formas de linguagem e como se dá a aquisição da línguagem pela criança.
Em meu grupo, composto por mim, Daniela Paixão, Ederson Cruz, Renata e Kasandra, discorremos sobre as primeiras expressões de linguagem do bebê e, como o choro e o balbuciar são importantes nessa fase do desenvolvimento infantil, desde o momento que é essa a primeira ferramenta comunicativa que possuem os recém-nascidos.
Assim, em meu grupo, apontamos alguns fatores essenciais para que esse processo comunicativo utilizado pelos bebês se dê de forma natural no desenvolvimento infantil. Elencamos, portanto, a condição neurobiológica de que depende a criança, dotada do aparelho fonador, bem como das condições físicas e neuropsicológicas  concernentes a sua constituição psicolinguística. 
Após discutirmos com o grupo, apresentamos nossos apontamentos ao grande grupo, observando que vários outros grupos trouxeram questões que iam ao encontro daquelas levantadas por nós, acrescentando informações importantes à discussão do grande grupo.
Ao término do debate, a professora nos apresentou um artigo  sobre Aquisição da Linguagem, de Samanta Demetrio da Silva que aborda os processos da aquisição da linguagem sob os mais diversos aspectos teóricos, seus autores e correntes diversas, o que de fato, só acrescentou à construção que havíamos levantado anteriormente.
Artigo disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208


terça-feira, 6 de março de 2018

Construção Teórica do Conhecimento - Escolas Democráticas


Ontem, 5 de março, demos início a  mais um semestre letivo no PEAD, e com ele, iniciamos nosso 7º eixo, na interdisciplina de Seminário Integrador, orientado, mais uma vez pela professora Simone Charczuk, a qual nos apresentou alguns pontos importantes que nortearão nossa etapa, durante este percurso.Começamos então, por assistir a um curta metragem dinamarquês, chamado "democratic schools", dirigido por Jan Gabbert, onde observamos as cenas de uma escola e seu dia a dia, sua disposição, cronometria, a forma como as aulas eram ministradas e a postura dos alunos, bem como de seus mestres. Além disso, é possível extrair desse filme a essência das escolas "democráticas" do mundo inteiro, pois se parecem com quase todas as escolas que conhecemos. E, apesar do nome remeter a um ambiente de liberdade e como o próprio já diz: escola democrática; ainda assim, percebemos que algumas ideias estão arraigadas e altamente posicionadas no modelo da educação conservadora e restritiva, com suas mesmas figuras e cenários inalterados.Após assistirmos ao curta, nos foi sugerido que fizéssemos uma relação de palavras-chave, as quais nos remetessem aquilo que entendíamos como conceitual em relação à mensagem transmitida pela animação. Assim, propusemos em pequenos grupos, primeiramente, uma  pequena síntese e, em seguida, desmembramos essa síntese em palavras que  nos dessem um aporte mais objetivo sobre os conceitos transmitidos pelo filme.
Desta forma, foram sugeridos muitos conceitos-chave que representavam as leituras feitas pelos  grupos e com eles, portanto, vieram termos como: educação bancária, o que imediatamente nos reporta à teoria freiriana, observadas na pedagogia diretiva, bem como às ideias propostas por Becker e a pedagogia relacional.
Além disso, foi proposta pelo grupo de Daniela e Alessandra, a relação do curta, numa abordagem histórico-dialética, com o texto Maquinaria Escolar, de Júlia Varela e Fernando Alvarez-Uria, onde encontram no texto uma versão sociológica do aparato escolar e sua criação como posição social que acompanha a humanidade por séculos.

"Que caracteriza fundamentalmente esta instituição que ocupa o tempo e pretende imobilizar no espaço todas as crianças compreendidas entre seis e dezesseis anos? Na realidade esta maquinaria de governo da infância não apareceu de súbito, mas, ao invés disso, reuniu e instrumentalizou uma série de dispositivos que emergiram e se configuraram a partir do século XVI. Trata-se de conhecer como se montaram e aperfeiçoaram as peças que possibilitaram sua constituição" (VARELA, ALVAREZ-URIA, 1992, P. 1).

O objetivo deste exercício, relacionado à exposição do curta, é que pensemos de forma teórica e que possamos elencar os mais diversos aprendizados e correntes estudadas até aqui na construção de nossas próprias conceituações e posicionamentos analíticos frente às questões que nos são apresentadas.
Finalmente, e observado pelas alunas e professoras, a construção do arcabouço teórico depende não só de nossas visões e valores de mundo, os quais vão tomando forma, ao longo de nossa moldagem acadêmica, mas também parte da quebra de paradigmas que nos sustentam e nos reformulam no caminho de nossas transformações pessoais em nível estudantil e profissional.

Fontes: https://youtu.be/Rumvh3QnL38
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/35060628/A_maquinaria_escolar.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1520357368&Signature=B4XT8%2F0DgiSRy1LIUjVuF6ctSuI%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DA_maquinaria_escolar.pdf