Em nossa última aula presencial no PEAD, tivemos a interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, coordenada pela professora Aline Hernandez, com quem já tivemos a oportunidade de dividir outra interdisciplina antes, em semestre anterior. Assim, como proposta inicial para este Eixo, a professora nos levou ao debate sobre o que sabíamos sobre a EJA, assinalando que trata-se de um termo usado sempre no feminino, o que causou algum desconforto para algumas alunas que, acostumadas a referirem-se à EJA como "o EJA",tiveram, já de início, de reformular seus dizeres e pensares. E parece que a quebra de paradigmas com a EJA não se encerra apenas em sua nomenclatura, mas em tudo que envolve esta modalidade de ensino, desde sua construção histórica até as abordagens mais modernas, sempre envolta em preconceitos e distorções, especialmente no âmbito da escolarização pública.
Dessa forma, desenvolvemos nosso debate acerca da EJA, em cima de três questões:
1) o que des/conheço sobre a EJA?
2) quem são os sujeitos da EJA?
3) O que buscam esses sujeitos? Quais seus desejos e expectativas?
Após discutirmos em pequenos grupos, sobre nossas experiências e aquilo que des/conhecíamos sobre a EJA, partimos para a discussão no grande grupo. Interessante que alguns colegas tinham uma larga experiência com essa modalidade de ensino, ao passo, que muitos nunca tiveram qualquer relação proximal com a EJA.
Uma coisa era consenso, não há como falar em educação de jovens e adultos sem mencionarmos o grande nome que foi Paulo Freire, bem como autoras ligados à alfabetização e letramento, como Magda Soares e Esther Grossi.
A EJA ainda é uma modalidade em ascenção, num país que luta contra índices miseráveis em relação à educação. Portanto, é dever de todos e também do Estado, que essa modalidade avance sempre e mais, sem o estigma de ser um ensino pobre e sem horizontes para seus educandos.