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sábado, 31 de março de 2018

A EJA

Em nossa última aula presencial no PEAD, tivemos a interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, coordenada pela professora Aline Hernandez, com quem já tivemos a oportunidade de dividir outra interdisciplina antes, em semestre anterior. Assim, como proposta inicial para este Eixo, a professora nos levou ao debate sobre o que sabíamos sobre a EJA, assinalando que trata-se de um termo usado sempre no feminino, o que causou algum desconforto para algumas alunas que, acostumadas a referirem-se à EJA como "o EJA",tiveram, já de início, de reformular seus dizeres e pensares. E parece que a quebra de paradigmas com a EJA não se encerra apenas em sua nomenclatura, mas em tudo que envolve esta modalidade de ensino, desde sua construção histórica até as abordagens mais modernas, sempre envolta em preconceitos e distorções, especialmente no âmbito da escolarização pública.
Dessa forma, desenvolvemos nosso debate acerca da EJA, em cima de três questões:
1) o que des/conheço sobre a EJA?
2) quem são os sujeitos da EJA?
3) O que buscam esses sujeitos? Quais seus desejos e expectativas?
Após discutirmos em pequenos grupos, sobre nossas experiências e aquilo que des/conhecíamos sobre a EJA, partimos para a discussão no grande grupo. Interessante que alguns colegas tinham uma larga experiência com essa modalidade de ensino, ao passo, que muitos nunca tiveram qualquer relação proximal com a EJA. 
Uma coisa era consenso, não  há como falar em educação de jovens e adultos sem mencionarmos o grande nome que foi Paulo Freire, bem como autoras ligados à alfabetização e letramento, como Magda Soares e Esther Grossi.
A EJA ainda é uma modalidade em ascenção, num país que luta contra índices miseráveis em relação à educação. Portanto, é dever de todos e também do Estado, que essa modalidade avance sempre e mais, sem o estigma de ser um ensino pobre e sem horizontes para seus educandos.

sábado, 24 de março de 2018

Uma das propostas da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação foi a análise de um texto traduzido para o português, intitulado "O Menininho", de Helen Buckley, inspirado no poema escrito pela mesma autora. Buckley nos conta um pouco sobre que tipos de professores, em geral, temos nos sistemas de ensino e como, por meio de uma didática engessada em currículos e sistemas institucionais podemos bloquear a criatividade de nossos alunos, impedindo muitas vezes que o melhor deles e muitas vezes até o melhor dos professores possa emergir das salas de aula.
O menininho, nada mais é do que a representação de nossos alunos, especialmente nos eixos públicos de ensino que, sem a devida atenção por parte dos governos, que massacram a classe dos professores por meio dos baicxos salários e pela falta de investimentos na área da educação, acabam, por sua vez, tonando-se tão autômatos quanto os alunos que ensinam. Uma triste realidade de nossas instituições de ensinoe que a longo prazo só nos resta esperar por mais "menininhos".


quinta-feira, 15 de março de 2018

Vida de Gado

Ainda sobre a interdisciplina de Linguagem e Educação, foram trazidos ao debate, como as linguagens expressas pela música pode dizer muito sobre os processos sócio-políticos e culturais em que nos encontramos, bem como suas mais diversas formas de manipulação, o que muitas vezes passam despercebidos pelo entendimento popular, mas que na música, além da melodia, assumem aspecto poético. Assim, a professora nos orientou que ouvíssemos a letra da música com atenção e refletíssemos acerca do momento atual em nosso país e sociedade. 

Linguagem e Educação

Em nosso último encontro presencial no PEAD, tivemos a interdisciplina de Linguagem e Educação com a professora Ivany Souza Àvila que iniciou falando sobre os mais diversos tipos de linguagem e o quanto elas podem influenciar nossa forma de vida e visões sobre o mundo. Foram abordados aspectos sobre a linguagem oral, escrita, gestual, etc. 
Além disso, em pequenos grupos nos organizamos para discutir as diferentes formas de linguagem e como se dá a aquisição da línguagem pela criança.
Em meu grupo, composto por mim, Daniela Paixão, Ederson Cruz, Renata e Kasandra, discorremos sobre as primeiras expressões de linguagem do bebê e, como o choro e o balbuciar são importantes nessa fase do desenvolvimento infantil, desde o momento que é essa a primeira ferramenta comunicativa que possuem os recém-nascidos.
Assim, em meu grupo, apontamos alguns fatores essenciais para que esse processo comunicativo utilizado pelos bebês se dê de forma natural no desenvolvimento infantil. Elencamos, portanto, a condição neurobiológica de que depende a criança, dotada do aparelho fonador, bem como das condições físicas e neuropsicológicas  concernentes a sua constituição psicolinguística. 
Após discutirmos com o grupo, apresentamos nossos apontamentos ao grande grupo, observando que vários outros grupos trouxeram questões que iam ao encontro daquelas levantadas por nós, acrescentando informações importantes à discussão do grande grupo.
Ao término do debate, a professora nos apresentou um artigo  sobre Aquisição da Linguagem, de Samanta Demetrio da Silva que aborda os processos da aquisição da linguagem sob os mais diversos aspectos teóricos, seus autores e correntes diversas, o que de fato, só acrescentou à construção que havíamos levantado anteriormente.
Artigo disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208


terça-feira, 6 de março de 2018

Construção Teórica do Conhecimento - Escolas Democráticas


Ontem, 5 de março, demos início a  mais um semestre letivo no PEAD, e com ele, iniciamos nosso 7º eixo, na interdisciplina de Seminário Integrador, orientado, mais uma vez pela professora Simone Charczuk, a qual nos apresentou alguns pontos importantes que nortearão nossa etapa, durante este percurso.Começamos então, por assistir a um curta metragem dinamarquês, chamado "democratic schools", dirigido por Jan Gabbert, onde observamos as cenas de uma escola e seu dia a dia, sua disposição, cronometria, a forma como as aulas eram ministradas e a postura dos alunos, bem como de seus mestres. Além disso, é possível extrair desse filme a essência das escolas "democráticas" do mundo inteiro, pois se parecem com quase todas as escolas que conhecemos. E, apesar do nome remeter a um ambiente de liberdade e como o próprio já diz: escola democrática; ainda assim, percebemos que algumas ideias estão arraigadas e altamente posicionadas no modelo da educação conservadora e restritiva, com suas mesmas figuras e cenários inalterados.Após assistirmos ao curta, nos foi sugerido que fizéssemos uma relação de palavras-chave, as quais nos remetessem aquilo que entendíamos como conceitual em relação à mensagem transmitida pela animação. Assim, propusemos em pequenos grupos, primeiramente, uma  pequena síntese e, em seguida, desmembramos essa síntese em palavras que  nos dessem um aporte mais objetivo sobre os conceitos transmitidos pelo filme.
Desta forma, foram sugeridos muitos conceitos-chave que representavam as leituras feitas pelos  grupos e com eles, portanto, vieram termos como: educação bancária, o que imediatamente nos reporta à teoria freiriana, observadas na pedagogia diretiva, bem como às ideias propostas por Becker e a pedagogia relacional.
Além disso, foi proposta pelo grupo de Daniela e Alessandra, a relação do curta, numa abordagem histórico-dialética, com o texto Maquinaria Escolar, de Júlia Varela e Fernando Alvarez-Uria, onde encontram no texto uma versão sociológica do aparato escolar e sua criação como posição social que acompanha a humanidade por séculos.

"Que caracteriza fundamentalmente esta instituição que ocupa o tempo e pretende imobilizar no espaço todas as crianças compreendidas entre seis e dezesseis anos? Na realidade esta maquinaria de governo da infância não apareceu de súbito, mas, ao invés disso, reuniu e instrumentalizou uma série de dispositivos que emergiram e se configuraram a partir do século XVI. Trata-se de conhecer como se montaram e aperfeiçoaram as peças que possibilitaram sua constituição" (VARELA, ALVAREZ-URIA, 1992, P. 1).

O objetivo deste exercício, relacionado à exposição do curta, é que pensemos de forma teórica e que possamos elencar os mais diversos aprendizados e correntes estudadas até aqui na construção de nossas próprias conceituações e posicionamentos analíticos frente às questões que nos são apresentadas.
Finalmente, e observado pelas alunas e professoras, a construção do arcabouço teórico depende não só de nossas visões e valores de mundo, os quais vão tomando forma, ao longo de nossa moldagem acadêmica, mas também parte da quebra de paradigmas que nos sustentam e nos reformulam no caminho de nossas transformações pessoais em nível estudantil e profissional.

Fontes: https://youtu.be/Rumvh3QnL38
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/35060628/A_maquinaria_escolar.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1520357368&Signature=B4XT8%2F0DgiSRy1LIUjVuF6ctSuI%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DA_maquinaria_escolar.pdf