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domingo, 25 de setembro de 2016

Ensino de História e Geografia

Iniciamos nossa interdisciplina de Estudos Sociais, onde, inicialmente abordamos dois textos muito interessantes e importantes para nosso entendimento desse processo do ensino de história e geografia nas escolas. Para isso, nos foram ofertados dois artigos. O primeiro artigo, de Elza  Nadai, O Ensino de História no Brasil: Trajetória e Perspectiva. No segundo artigo,  temos o texto de  Castrogiovanni e Costella, Geografia e a cartografia Escolar no Ensino Básico: Uma Relação Complexa - Percursos e Possibilidades.No texto de Nadai, vimos a  institucionalização do ensino de história no Brasil e como isso influenciou e ainda influencia nossa sociedade e nosso pensar histórico como agentes do nosso tempo e conhecedores dos fatos que alteraram nossa memória e nossa sociedade. Aparecem os aspectos históricos da educação que se fundem com os modelos educacionais escolásticos a qual a própria escola está submetida por influência da Igreja e sociedade européia. Faz um traçado sobre o ensino de nossa história e a própria história que vivemos como cidadãos brasileiros, a qual em parte, boa parte diga-se, é negada pela forma historicista com que é  fotografada a trajetória de fatos importantes de nossa sociedade, como a escravidão, a ditadura, o processo de colonização etc.
Já no texto  de Castrogiovanni e Costella, temos uma pesquisa realizada em duas escolas: uma privada e outra pública, na cidade  de Porto Alegre, feitas com alunos do sétimo ano, que submeteram-se a uma leitura cartográfica do espaços e imediações escolares, elaboradas através de oficinas. A pesquisa nos mostra fatos importantes como a negação dos alunos da escola privada com relação a pontos geográficos importantes do seu trajeto, como as favelas do entorno, além da não descrição desse lugares nem mesmo nos insights com mapas mentais sugeridos pelos orientadores da pesquisa.
Os textos nos levam a refletir sobre o papel da escola como mediadora desse conhecimento histórico e espacial de nossos estudantes e de seus pressupostos epistemológicos como bases para firmarmos penamentos crítico-reflexivos sobre o papel da história e da geografia em nossas vidas.




https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1759584/mod_resource/content/1/NADAI.pdf

https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/54073/1/Congreso-Didactica-Geografia-2015_02.pdf

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Gaiolas ou Asas

Esta semana, nossa atividade a distância para a interdisciplina de Seminário Integrador IV, proposta pela professora Simone Bicca Charczuck, nos trouxe o texto e vídeo de Rubem Alves, também chamado de o "Professor dos Espantos!".
Rubem Alves nos encanta com suas memórias de infância, suas lembranças e impressões. Quase de forma poética retoma seu aprendizado, sua história de família e suas experiências na pequena cidade de Boa Esperança e depois no Rio de Janeiro.
Em seu vídeo, nos traz relatos sobre o início de sua carreira acadêmica, a perseguição durante a ditadura militar, a traição sofrida pelo amigo, fato que o fez se distanciar da igreja e por fim, quebrar alguns paradigmas de sua própria formação. Relembra a juda oferecida por Paulo Freire no início de sua docência acadêmica e por fim, instituído como professor da Universidade de Campinas.
Um homem pleno de histórias e humanidades, fala de arte, música, educação, ensino e especialmente sobre as simplicidades da vida como quando lembra da sua cidade de infãncia e o cheiro da comida típica mineira ao fogão.
Em seu texto, Rubem Alves faz um comparativo sobre seus flashes de memória e a ideia de uma escola que nos dá asas com a escola que nos é gaiola.
A escola que nos dá asas nos ensina a pensar, a sermos autônomos no processo de ensino-aprendizagem, enquanto nas escolas-gaiolas estamos presos, nos debatendo como um pássaro que tenta inutilmente se jogar contra as grades de sua prisão.
Nos lembra ainda o quanto lamentam-se os professores que vivem nessas escolas-gaiolas, e que a exemplo dos tigres que ali aprisionam, encontram-se também os mesmos, nesta jaula.
Rubem Alves, porém, finaliza nos lembrando que ainda há esperança! Ou seja, é preciso que essas gaiolas sejam abertas, que os pássaros voem livremente e que tragam a sua beleza e seu voo rasante para o grande espetáculo do aprender que é voar! Voar os limites do impensado, voar a outras fronteiras, provar outros néctares, revoar e sobrevoar o quanto for  preciso.
É disso que  é feita a educação, de asas!





 Texto disponível em: https://contadoresdestorias.wordpress.com/2012/02/19/gaiolas-e-asas-rubem-alves/

Vídeo disponível em: https://youtu.be/77S56jvPHY0