Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Sujeito epistêmico em perigo

Revisistando a Interdisciplina de Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, releio um texto reflexivo, sugerido após a análise da leitura do texto de Becker, bem como do texto de Zabala que dicute os modelos pedagógicos e os modelos epistemológicos, com base na teoria Piagetiana. 

Nos textos discutem-se a importância da análise da práxis pedagógica como fator em andamento do processo epistemológico, visto que o professor  encontra-se ao mesmo tempo como mediador mas em constante aprendizado na troca com o desenvolvimento epistêmico de seus estudantes. Ou seja, o professor crítico e que reflete sua própria ação pedagógica é o mesmo que leva o aprendente a ser crítico de si mesmo e de seu próprio saber. 
Não interessa à educação que, hierarquicamente, deposita "conhecimento" em seus alunos, um olhar para a própria ação educacional do professor.

Fazendo um paralelo aos tempos em que sobre(vive) a educação pública no Brasil, somos confrontados a relativizar o pensamento crítico em detrimento à subserviência política que tira de assalto a liberdade de expressão do educador para inculcar numa geração inteira a ideia de doutrina, de marxismo ideológico, de escola sem partido, mas que de fato faz exatamente aquilo que abomina. 
Assim, quando o ministro da educação pede em nota emitida pelo MEC, que os alunos sejam filmados cantando o hino nacional e que repitam o slogan da campanha do atual presidente, estamos tornando o sujeito potencialmente epistêmico em depositário do projeto pedagógico que se pretende implantar neste país!