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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Planejamento e Aprendizagem

Para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, nos foi sugerido que fizéssemos uma análise do texto de Rays (2000) e, posteriormente, elaborássemos um quadro com suas principais ideias, de forma a elucidar melhor como se dá o planajamento do ensino e da aprendizagem pelos educadores.
Tomando como ideias norteadoras, as variáveis apresentadas no texto de Ray (2000), apresentamos o seguinte quadro:


MOMENTOS
PRINCIPAIS IDÉIAS
DEGUSTAÇÃO
RELAÇÃO COM A PRÁTICA
  1. “Escola e realidade social”



[..]componentes pedagógicos, sempre em relação ao todo social, ao conjunto de fatos que representam esse fenômeno.
[...]a realidade sociocultural construída pelos seres humanos será o ponto de referência inicial[...]
Partir sempre da realidade do aluno, para com isso, construir uma orientação pedagógica que se molde à forma como esses (os alunos) também encontram-se inseridos no mundo.
  1. “Retrato sociocultural do educando”



Perfil econômico e cultural do aluno;
Contradições sociais;
Práticas sociais.


[...]características de aprendizagem dos educandos que estão diretamente ligadas ao retrato sociocultural dos mesmos.
Diálogo crítico a partir da realidade sociocultural do educando.
Inclusão da família, sociedade, educandos e educadores no âmbito da escola.
  1. “Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino”


1)      assimilação,
2)      elaboração
3)       recriação do saber
[...]Um objetivo- conteúdo é significativo-concreto quando está diretamente relacionado a um contexto social determinado, ocorrendo a relação dialética texto-contexto.

[...]Além da ordenação vertical, da logicidade e da inter-relação da estrutura da matéria de ensino a ser desenvolvida, faz-se necessário que o objetivo- conteúdo procure evidenciar as contradições do sistema social vigente, considerando-as no tratamento pedagógico do desenvolvimento da matéria de ensino, seja de forma direta ou indireta.
  1. “Procedimentos de ensino-aprendizagem”



Promover de forma concreta a aprendizagem;
Participação dos alunos na construção dos saberes a serem explorados;

Criação de caminhos de ensino e da elaboração / reelaboração de conhecimentos – [...]um valor formativo dos mais relevantes para alimentar a competência crítico-criativa do educando.
As aulas não são resumidas à reprodução de conhecimentos (memorizar para depois repetir) e, sim, no sentido de atingir a elaboração do conhecimento (situação ideal) ou no sentido da sua redescoberta ou redefinição. Assim, é necessário não só a assimilação do saber historicamente acumulado, mas também a apropriação crítica da realidade social.
  1. “Avaliação da aprendizagem”



A avaliação da aprendizagem surge, portanto, na história da escola com o objetivo formativo de julgar os progressos, as dificuldades e as inquietações que marcam o processo de aprendizagem e, não, com o objetivo de medir o conhecimento. O ato de avaliar não pode ser confundido, portanto, com o ato de medir. Medir o conhecimento humano, medir o conhecimento do aluno, é um ato praticamente impossível.
[...] é parte integrante do processo de ensino e do processo de aprendizagem e somente tem valor pedagógico se estiver a serviço da aprendizagem do aluno.
É preciso, pois, substituir, de uma vez por todas, nos currículos escolares, a "cultura da medida do conhecimento" que resulta sempre na "cultura do conhecimento quantificável", na "cultura da nota", pela cultura da aprendizagem concreta.



sexta-feira, 20 de abril de 2018

Maquinaria Escolar

Ao reler o texto "Maquinaria Escolar", proposto para a interdisciplina de Seminário Integrador VII, e pesquisando a respeito de vídeos, textos e apresentações que discorressem sobre  o mesmo, encontrei essa apresentação que disponho abaixo, o qual, penso, é muito didática e traz as questões do texto para pensarmos de forma mais reflexiva e também visual acerca do papel da escola e seus pressupostos filosófico-pedagógicos para a educação de forma geral.



domingo, 15 de abril de 2018

Didática Hoje

Gostaria de postar aqui, a atividade que foi proposta para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, pois trata-se de uma atividade que se relaciona diretamente ao momento político em que vivemos, de muita polarização, ódios desenfreadas, falsas notícias e uma enxurrada de  falsas promessas, no cenário político, de maneira que, trazer à lucidez questões simples sobre quem são ou como agem nossos políticos, é dever não só dos cidadãos de maneira geral, mas também um dever didático e da educação como um todo.
Assim, gostaria de apresentar nossa ideia de atividade didática, o qual foi proposta por mim e pela Daniela Paixão, após as leituras que nos foram propostas como base para nossas reflexões.


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
Prof. Simone Bicca - Tutora Jacqueline
Alunas: Alessandra Figueiró Thornton e Daniela Paixão -  Turma: D


Atividade 2:
Planejem uma atividade didática integrando diferentes áreas do conhecimento (ao menos três). Explicitem a série e as áreas de conhecimento na proposta de vocês. e postem neste fórum.
Com base nos textos lidos, e na influência que tem o mercado na educação e a educação no mercado, bem como o cenário sóciopolítico e cultural em que estamos inseridos, elaboramos uma atividade para alunos do 3º ano do Ensino Médio, pois, entendemos que após o término da educação básica, estarão, de alguma forma, imersos no mercado de trabalho, assim como nas ações de cidadania, tais como o voto, o serviço militar obrigatório, dentre outras. E para isso, entendemos que é preciso um saber que os leve ao pensamento crítico-reflexivo de seus papéis na sociedade e da importância que tem “discutir e entender política”, contrariamente ao que é dito e divulgado entre os jovens e adultos de forma geral, ou seja, que política, a exemplo de religião e times de futebol, são assuntos indiscutíveis. Queremos, com essa atividade, provar que é exatamente o contrário. Por conseguinte, entendemos que sob o aspecto pedagógico e curricular, essa atividade envolve, essencialmente, eixos temáticos relacionados às disciplinas ligadas às humanidades, como Sociologia, História, Filosofia e Geografia.., mas pode, perfeitamente, ser levada a outras áreas do conhecimento, como a Matemática, se trabalhada com dados estatísticos e gráficos, por exemplo, além de questões gramáticais relacionadas ao texto em si, de forma que também abrange a área das Linguagens e seus Códigos, como no caso de uma tradução do texto trabalhado, por exemplo, ou mesmo, da transcodificação para Libras ou Braile, já que não se encontra disponível no site pesquisado outras formas que não a escrita em língua oficial.

OBJETIVOS
Desenvolver o pensamento crítico;
Discutir política e políticos;
Conhecer os políticos e suas propostas políticas;
Pesquisar fontes oficiais de informações governamentais;

METODOLOGIA
Apresentaremos um texto, cujo título é  “O Jovem e A Política”, escrito por Michel Temer, à época que era presidente da Câmara dos Deputados, entre 2009 e 2010. Porém, não colocaremos o autor. Após a leitura, pediremos aos jovens que debatam sobre os pontos fortes e fracos do texto, elencando e trazendo questões relativas ao texto, à discussão, que será feita em pequenos grupos e, após o término, cada grupo apresenta suas ideias-chaves sobre o texto em questão. Perguntaremos então, sobre se eles sabem quem escreveu o texto e o que pensam, com base no governo que presenciam hoje, tendo Michel Temer como presidente de nosso país, as ideias apresentadas à época em que escreveu o texto.
O texto, disponível no site da Câmara dos Deputados, deverá servir de caminho para que os alunos tragam outras propostas, de outros(as) políticos(as), bem como suas trajetórias políticas e o que fizeram, escreveram, propuseram ou aprovaram (em termos de projetos), como representantes do povo.
Assim, cada grupo elegerá um(a) político(a) e buscará em sites oficiais, como o portal da transparência do governo, ou, o site da Câmara dos Deputados, do Senado e outros..., ligados a fontes governamentais, um perfil do(a) político(a) escolhido(a). Por fim, faremos um grande debate sobre todos os pontos positivos e negativos elencados pelos alunos, de forma que eles deverão chegar a conclusões, a partir dos resultados encontrados.

AVALIAÇÃO
A avaliação se dará com base nas discussões e debates estabelecidos em aula, bem como nos perfis traçados e suas apresentações e argumentações referentes ao mesmo, além do diálogo final, no confronto de ideias com os outros grupos.

REFERÊNCIAS
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23;
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994;
ZEN, Maria Isabel H.Dalla; XAVIER, Maria Luisa M. Planejamento em destaque. Porto Alegre: editora Mediação, 2011, 4 ed.

ANEXO
Texto proposto:
O jovem e a política
É comum ouvir que o Brasil precisa promover ampla renovação política. A premissa sobre a qual se apóia esta meta é a de que convivemos com velhos costumes e métodos, alguns deles datados dos tempos iniciais da colonização. Estamos todos de acordo: mudar é preciso. Ocorre que nenhuma transformação, para obter níveis razoáveis de institucionalização, pode ser realizada da noite para o dia. A mudança política demanda tempo e reflexão. Portanto, para que o processo político brasileiro comece a receber oxigênio, é necessário que plantemos as sementes. E as sementes estão nos jovens. Precisamos olhar com mais atenção para o papel do jovem na sociedade. Para termos idéia de sua importância, basta atentarmos para o fato de que, nas eleições de outubro deste ano, os brasileiros entre 16 e 24 anos formarão um contingente de mais de 5 milhões eleitores.
Infelizmente, esse universo se encontra muito afastado da vida política do país. E as razões são plausíveis. Escândalos, descalabros administrativos, máquinas burocráticas emperradas, partidos sem identificação popular constituem, entre outros, fatores que afastam os jovens do processo político. Na ausência de projeto ético e de uma sinalização comprometida com mudanças, os jovens acabam destinando sua atenção para outras prioridades. É triste verificar que milhares de jovens, levados pela atração dos bens materiais e do consumismo, passaram a ver a política como algo desimportante. Afinal, a política é a arena central da construção do futuro coletivo.
Vemos com muita preocupação essa situação. Os jovens precisam ser motivados. Com bons exemplos, com histórias de decência, com valores e princípios éticos. A conscientização política precisa vir também da Escola, dos mestres, dos pais. Hoje, o país respira política por todos os lados. Os candidatos expõem seus pontos de vista e seus programas. Não existe melhor momento que este para que os jovens possam fazer a sua avaliação e tomar as suas decisões. A mudança pode começar na escolha da representação nas Casas Legislativas. E os candidatos, por sua vez, hão de considerar os jovens em seu repertório, transmitindo idéias e propostas que possam envolver seu interesse.
É fundamental que semeemos o conceito de brasilidade junto ao segmento jovem. A Escola não pode ser apenas território de transmissão de informação. Há de ser, acima de tudo, nicho de formação e desenvolvimento de caráter. Se conseguirmos conferir à Escola o seu papel de agente de transformação social, certamente estaremos forjando a mudança política que o país está a merecer. O jovem é e será o esteio da transformação política brasileira.
Afinal, há coincidência básica na ação política e na ação dos jovens. Ambas se voltam para a construção do futuro. Há diferentes linguagens sendo faladas nesses dois segmentos, mas há mais pontos comuns do que se imagina. É preciso focar as semelhanças para reestabelecer a conexão desse contingente de brasileiros com o universo político. Hoje há novas ferramentas de comunicação, como a internet. O Congresso permitiu a utilização mais ampla desse instrumento na campanha eleitoral deste ano. Esse será um ponto convergente, onde a liberdade de informar, criticar e falar será fundamental. É um território dos jovens onde a política estará iniciando sua caminhada em direção a um reencontro com os jovens brasileiros.

Michel Temer
Presidente da Câmara dos Deputados




sábado, 7 de abril de 2018

Teoria sócio-interacionista

Proposta para a interdisciplina de Linguagem e Educação, a análise da teoria de Vigotsky e suas contribuições à Pedagogia.
Histórico:
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934), nasceu em Orsha, Bielorrusia e viveu na Russia. Morreu de tuberculose aos 37 anos. Casado, teve duas filhas.
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lev_Vygotsky&oldid=51018954
As pesquisas de Vygostky apresentam, em seu aspecto geral, quatro grandes processos descritos no desenvolvimento da linguagem e do pensamento. São eles:
1) a interação
2) a mediação
3) internalização
4) ZDP ou zona de desenvolvimento proximal

No processo de mediação, toda o aprendizado e conhecimento se dá através da linguagem. Em seguida, instaurado o processo de interação, o indivíduo  passa ao processo de mediação, que é a representação simbólica do objeto aprendido, ou seja, quando a criança reconhece o objeto “casa”, por exemplo, e, a partir disso, consegue relacionar a compreensão das relações que se estabelecem com o objeto.Na sequência, temos o processo de internalização, que é expresso no momento em que o sujeito concretiza o aprendizado, podendo, a partir daí, fazer relações entre o objeto, o meio e a si mesmo.Por fim, destacamos a zona de desenvolvimento proximal, que é evidenciada no momento em que o sujeito já sabe quem é, o que é, e entende seu potencial, na relação com o outro. Destacamos que, na ZDP, o papel do professor é muito importante, pois atua como um mediador dos processos de aprendizagem, potencializando no aluno aquilo que já é inerente a sua natureza mas que precisa ser aperfeiçoado por meio da interação proximal.