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domingo, 29 de maio de 2016

#ocupatudo

A escola em que trabalho foi ocupada por um grupo de alunos do Ensino Médio, nesta semana.  E  a exemplo das tantas escolas ocupadas no RS e em outros Estados brasileiros, nossos estudantes também têm suas pautas de reivindicações! E não são poucas, considerando a precariedade de nossas escolas públicas e o cansaço em torno de um tema tão batido e ao mesmo tempo tão ignorado por nossos governantes. Os desmandos de muitos anos de (des)governo, baixos salários dos professores, violência urbana, má qualidade dos serviços em geral, carências das mais diversas..., etc.
Somam-se a todo este cenário desolador que envolve a educação básica pública, em nosso país, a política suja, perpetrada por politiqueiros, bem como a violência dos grandes centros urbanos e a indiferença e descaso com que a própria sociedade têm tratado nossos estudantes! Mesmo muitos dos pais e familiares são totalmente contra esse movimento democrático e altamente politizado, orquestrado autonomamente por parte dos estudantes, o que nos faz pensar aquilo que há muito se tem discutido nas escolas: a educação ficou relegada SOMENTE  ao plano escolar, de forma que a família coloca-se à parte, sem se envolver nas questões sociais que envolvem nossos jovens!
Penso que sociedade, mídia, pais e até mesmo muitos educadores não estão dimensionando a importância desse processo ocupacional, que no futuro, certamente, fará parte de um episódio marcante da história da educação no Brasil.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

POESIA INFANTIL



Durante a elaboração  do esquema sobre a história da  poesia infantil, no Brasil,  na qual pesquisamos para a interdisciplina de Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem, revi/reli o poema "Ou isto ou aquilo" de Cecília Meireles, bem como o poema "A Casa" de Vinicius de Morais. Nos dois casos, além de trazer memórias de infância, as quais estes poemas eram tão conhecidos, é possível também que façamos uma relação não só histórica, mas estrutural e condicionante da poesia infantil brasileira. A poesia infantil surge, no Brasil, concomitantemente ao processo de criação da escola, sendo assim, temos que entender esse processo e abranger a leitura e o contato de nossas crianças com a poesia infantil, não só no ambiente escolar, mas para além dele, mesmo porque como vimos na análise de nosso texto, a poesia está em muitas coisas: arte, música, pintura, fotografia, etc, enquanto que o poema exige uma estrutura linguística mais determinante, estruturando-se como gênero literário. Queremos poema e poesia para nossas crianças!

 Fonte: http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/artigos/art021.htm


sábado, 14 de maio de 2016

TEORIA DE TUDO


Na última semana,  em nossa aula presencial no PEAD, na interdisciplina de Seminário Integrador,  a partir das divisões do  grande grupo para pequeno grupo, orientadas pela professora Cíntia Inês Boll, entendemos que nossas teorias e visões de mundo estão em toda a parte e estão também em nós em todas as coisas, a partir de nossas impressões mais íntimas ou despretensiosas. Sejam visões superficiais ou indagações profundas!
Refletimos que nossa primeira obsevação e conclusão feitas, no primeiro grupo, sofria de questionamentos, e pedia por mais complementos, mais discussão, observação, critérios, etc. Complementos esses, que foram levantados a partir de outras perguntas que nos fizemos e entendendo que não há um fechamento único para muitas das questões que nos levantamos, saímos de uma observação metodológica de nossos objetos, de uma estrutura de pensamento macro para  uma micro. Possível até que chegássemos a uma nano-observação de nossos próprios levantes e questionamentos. Isso, entendemos,  é o princípio básico do que norteia toda o embasamento da epistemologia e pesquisa a que devemos compor nossas estruturas acadêmicas e profissionais. Apenas com um único exercício de reflexão, brilhantemente conduzido por nossa professora, foi possível identificarmos que é cada vez mais necessário o pensamento crítico,  o debate e a
manutenção dialógica, de nossas teorias e conceitos acerca de nosso objeto de estudo, o aluno,  a escola (instituição), a educação, o professor, a cultura para a educação.

sábado, 7 de maio de 2016

BRINCAR É COISA SÉRIA

Esta semana, durante um  intensivo nos fóruns, para a interdisciplina de Ludicidade, acabei por fazer uma retrospectiva de minhas brincadeiras infantis, na leitura das postagens de outros colegas. Trazer à memória  imagens e lembranças de infância e como brincávamos, foi muito divertido. A criança que brinca é um adulto que se torna curioso e mais inteligente!  Mais saudável, sem sombra de dúvida, pois que, estabelece vínculo, fantasia, abstrai, joga, interage com outros,frustra-se também diante dos resultados, e com isso cresce!
Uma das coisas que mais me marcou durante minhas memórias de infância foi o contato com a música. Ouvia muito Chico Buarque, Toquinho,  Saltimbancos, Balão Mágico e tantos outros mais, que fizeram parte de minha formação  e meus gostos,alguns que preservo até hoje.
Uma das músicas que mais me tocava e que sempre me fazia parar para ouvir era "agora eu era herói", de Chico Buarque.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Educação para quem?

Esta semana em minha escola, estamos tendo aulas com horários reduzidos. Tudo isso, em função da última assembléia  com o sindicato dos professores, onde ficou decidido que haveria redução dos turnos como forma de reivindicar os desmandos feitos à classe do magistério público estadual. Tenho um dilema em mão com isso, pois sei da importância que é estar em sala de aula e ocupar esse tempo, enriquecendo meus alunos com um pouco de informação! No entanto, como professora, não posso compactuar mais com o desmerecimento à nosa classe.
Relacionando o caos na educação e no cenário político, me pego em pensamentos que às vezes distorcem de tudo que estamos vivendo. No PEAD recebemos a aula teórica e nossas atividades são sempre com bases teóricas para uma prática idealizada. Quero salientar que essa realidade não existe! Há tempos estamos vivendo na escuridão com a atual situação educacional e política de nossos Estados, cidades e país.
É  desanimador saber que estudamos tanto e lemos tanto, quando de fato, pouco podemos aplicar do profundo que queremos ou sabemos.
Assisti a um vídeo de Leandro Karnal, historiador, onde ele reforça o papel do professor e diz, que a verdadeira vingança contra o sistema seria o professor ser um excelente educador! Ainda com todas as mazelas as quais passamos e temos passado. Soa quase surreal! A ação do professor, de formadora, também passa a ser uma ação subversiva, independente e porque não dizer idealista!  Num país desgastado pelos excessos de uma minoria, que se diz "educada", contra uma minoria que luta, trabalha e carrega o país nas costas!

Abaixo, link do vídeo do Professor Leandro Karnal
https://www.facebook.com/leandrokarnalfas/videos/754883804611323/