Com o objetivo de desenvolver estratégias de aprendizagem para uma turma da Totalidade 3 da modalide Educação de Jovens e Adultos (EJA) e revisitando os aportes teóricos durante o curso de Pedagogia, apresento os autores que fizeram grande diferença em minha prática docente e em meu trabalho como professora da EJA.
Com diferentes perspectivas alfabetizantes os autores abaixo encontram convergência quando se trata do ensino em sala de aula com jovens e adultos.
Diferentes Perspectivas Alfabetizadoras
Foco/Autor
|
Isabel Solé (1998)
|
Emília Ferreiro (1990, 1999)
|
Paulo Freire (1970, 1987, 1988)
|
Leitura
|
A leitura decorre a partir dos esquemas
mentais que fornecem pistas que geram estratégias para o leitor desenvolver
os estágios que se seguirão antes, durante e depois do ato de ler.
|
A leitura acontece num processo concomitante
à escrita, visto que o estudante já possui uma hipótese do código escrito,
isto é, há uma leitura interna das palavras que fazem parte da vida do aluno.
|
A leitura é parte da problematização e
tomada de consciência do uso das palavras que fazem parte da realidade do
educando. Nesta perspectiva, a leitura também é amplamente observada em seu
aspecto oral (leitura de mundo).
|
Escrita
|
A escrita se dá num processo de
intermediação ao código, passando pela decodificação (leitura),
reconhecimento e uso do código alfabético (escrita), relacionado à consciência
fonológica, de forma a atingir a compreensão do que é lido.
|
A escrita desenvolve-se por meio da
psicogênese e compreensão que o estudante faz acerca das diferenciações e
representações mentais que elabora em relação ao código.
|
A esrita não está dissociada da leitura pois
não foca no método de análise de vogais e depois consoantes e, em seguida, às
famílias silábicas, mas exatamente no caminho contrário, ou seja, a partir
das palavras geradoras é que se exploram as famílias silábicas e as letras.
|
Numeramento
|
O numeramento nessa perspectiva, ocorre em
um processo similar à leitura e à escrita, no entanto com o código numérico.
|
Geralmente há um entendimento prévio nas
diferenciações e respresentações, classificando letras e números.
|
A educação não bancária de Freire também
leva à alfabetização para o numeramento, pois, a partir das palavras
geradoras, o número passa a ser um código problematizador da vida do aluno,
podendo ser trabalhado da mesma maneira que a leitura e a escrita.
|