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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Palavras Geradoras

Estou chegando na reta final do curso de Pedagogia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, não poderia fazer qualquer fechamento sem trazer à discussão aquele que me acompanhou durante todo o curso e, possivelmente acompanhará por toda a vida docente - Paulo Freire!

Ao fazer a releitura da obra de  Freire pude trazer à prática em sala de aula, com meu estágio na EJA, aquilo que Freire chamou de "palavras geradoras", adotadas para dar início aquilo que na Pedagogia moderna compõe os Projetos de Aprendizagem, isto é, só a partir da escuta aberta, feita por meio do diálogo profundo entre professor e aluno é que se pode chegar nesses pontos-chave do aprendizado do estudante.

Freire refuta a ideia de abordar o processo de aprendizagem a partir do ba - be - bi - bo - bu e entende que eles só fazem sentido (como famílias silábicas) se trabalhados a partir das palavras geradoras, ou seja, as palavras que fazem sentido para o mundo do educando e o meio em que vive.

E foi por meio desse pressuposto freiriano que embasei minha práxis junto aos alunos da EJA. Primeiro porque trata-se de um público com uma ampla bagagem de mundo, o qual chega no ensino básico trazendo conhecimentos, muitas vezes, desconsiderados, mas que estiveram e fazem parte da vida do educando, seja de seu universo cultural, social ou de trabalho. Segundo, porque é a partir do diálogo com o aluno e ouvindo aquilo que faz parte de seu mundo que é possível a qualquer educador estabelecer um vínculo com seu estudante.

Por fim, gostaria de realçar o quanto trazer as palavras geradoras para o encontro das estratégias pdagógicas que desenvolvi junto à turma da EJA-T3 foram importantes para proporcionar aos meus alunos uma melhor aquisição nos processos de leitura,escrita e numeramento. 


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