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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Ocupa Faced

Impossível falar de educação e/ou mesmo fazer relações com nossas práticas educativas se não pararmos para refletir  sobre o que está acontecendo com nosso país. Estamos retrocedendo a passos largos e em breve é possível que caiamos no obscurantismo daqueles que ditam leis sórdidas em nossa nação, tirando direitos dos trabalhadores, sucateando a educação pública de qualidade e trazendo atrasos que nos acompanharão por gerações. 
Hoje, a Universidade federal do RS, a qual faço parte, como aluna da graduação e pós-graduação, dá um passo importante no confronto às medidas tomadas pelo governo interino, que desde que usurpou vem, sem qualquer escrúpulo, criando o clima de caos e desruição de nossa sociedade! 

Resistência UFRGS - Ocupa FACED
3 h
Manifesto do Ocupa FACED
Na assembléia
Nós, estudantes da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ocupamos hoje o prédio da FACED, após deliberação em assembléia geral de estudantes. Lutamos pelo fim IMEDIATO da PL nº 193/2016 – Escola sem partido, da PEC nº 55 (Antiga 241) que congela por vinte anos os investimentos na educação, saúde e segurança e da MP nº 746/2016 do Ensino Médio que reformula o currículo da educação tornando facultativo, disciplinas como: Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física.
Enquanto educadoras e educadores em formação, reiteramos a importância de ocupar e resistir, principalmente, dentro dos espaços ligados à educação. Por isso, a FACED, que loca cursos como Pedagogia, Licenciatura em Educação do Campo, Pós Graduação em Educação e Pedagogia à Distância (além de várias disciplinas de outras licenciaturas), não poderia manter-se inerte à conjuntura nacional. Sendo assim, acreditamos que seja indispensável permanecer na luta contra mecanismos que sucateiam a educação, através de retrocessos deste governo ilegítimo.
Realizaremos nossa primeira assembléia dentro da ocupação hoje, às 19 horas. Por isso, convidamos as/os estudantes a se somarem nesta luta, participando deste movimento e ocupando, também, outros espaços dentro e fora desta universidade.
FORA TEMER!!!
Porto Alegre, 31 de outubro de 2016.


domingo, 23 de outubro de 2016

Michael Apple

Esta semana, assisti ao Seminário com Michael Appel, na Faced, e foi bastante produtivo para que pudéssemos  refletir a questão da ascenção da direita e do neoliberalismo em nosso país, e de que forma essas tendências..., que na verdade, desde sempre estiveram, aqui, em nosso país, acabam por tomar forças descomunais no cenário político, numa época de crise política, de golpes e desmandos no meio judiciário, à medida que vai enfraquecendo nossa tão jovem e frágil democracia.
Apple, infere que a educação é onde tudo acontece e é apenas o único meio para que uma nação possa estabelecer-se no cenário atual, levando em consideração as questões sociais e o indíviduo como um ser social, na sua integridade.
Durante o intervalo, saímos eu e mais dois colegas para o famoso café no Antônio e discutíamos como a situação estava caótica, e que discutir política tinha se tornado um ato ofensivo, colocar suas oponiões de forma clara e se posicionar a respeito de fatos que estão intimamente ligados à nossa história  era quase como um atestado de anarquia e caos.
Um dos professores, que trabalha na escola militar de POA, disse que (lá) enfrentam uma atmosfera de total repressão, com suas provas sendo revisadas por militares, para que se evite a qualquer custo qualquer menção ao cenário político atual.
Me pergunto: que país é esse? Voltei no tempo e ainda não sei?
Apple sugere ao final do seminário, que temos uma missão como educadores, que é a de evitar a ascenção da direita em nossas esferas, já que o conservadorismo, o radicalismo e a violência se sustentam muito bem nessa nuvem incerta de usurpadores e inquisidores justiceiros, apoiados por uma mídia marrom e golpista, que faz questão de ser parcial quanto aos desmandos que vive nossa nação. Lembrou também o importante papel de Paulo Freire em nossa educação e como devemos nos valer de seu trabalho como uma forma norteadora em nossa prática como educadores.



sábado, 15 de outubro de 2016

dia do professor

Penso que quando um dia é muito lembrado, por uma nação toda, é porque há sérios problemas por trás dele! E no Brasil, o dia do profissional mais lembrado por todos é o dia do professor! Poucos lembram qual o dia do médico, do bombeiro, do contador, do barbeiro, do jardineiro, do açougueiro..., com tanta pontualidade como o dia do professor! Isso me questiona e me remonta a dias de outros excluídos pela sociedade como os negros, as mulheres, etc! 
Será porque nós, professores, ao longo dos anos temos sofrido a desqualificação não somente por parte de nossos empregadores e governo, que teimam em atacar o pilar de toda e qualquer sociedade, mas também pelas famílias que delegaram às escolas o papel de educar seus filhos?
Na escola buscava-se informação, e hoje, os jovens buscam no professor muito mais que isso! Buscam o norte! Não à toa, que fazemos concomitantemente o papel de psicólogos, orientadores, conselheiros, assistentes sociais, e não raro, pai e mãe!
Triste realidade!
Aos meus colegas que hoje, de fato, nas escolas públicas trabalham mais pelo amor que qualquer outra coisa!
Muitos professores que nas escolas estão doentes, física e emocionalmente abatidos, ainda assim cumprem sua missão, arrastando-se como que agrilhoados à esta realidade!
Haverá um dia que não teremos mais os vocacionais atributos que dirigem um ser qualquer a esta profissão! E haverá um dia em que seremos lembranças Wikipédicas!
Feliz dia do professor a todos!
Obrigada aos meus estudantes por existirem a essa época sendo as pessoas que de alguma forma me inspiram a continuar respirando, mesmo que por aparelhos, num sistema falido e corrompido!


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleições sem educação

Mesmo depois de todos os rebaixamentos pelos quais sofre nosso Estado, todo o desrespeito vivido por parte de partidos partidos políticos que através de pessoas inescrupulosas utilizam a máquina pública para fazer valer seus interesses privados e de um pequenos grupo de pessoas que os subsidiam em suas campanhas milionárias. 
Mesmo com uma mídia interesseira e antiética, que visivelemente atrás de seus interesses  e privilégios tira e coloca ao bel-prazer figurões que mais fazem lembrar à época do coronelismo em nosso país; mesmo após tudo isso fragmentar e enfraquecer nossa frágil e jovem democracia, continuamos a eleger pessoas que representam interesses de uma minoria elitizada e exclusivista que não aceita o desenvolvimento social como marca de uma sociedade mais igualitária e humana para todos, onde todos tenham as mesmas oportunidades. Perguntamo-nos: qual o papel da educação neste cenário conservador e retrógrado?
Nossa cidade retorna ao cenário dos favores e dos apoiadores do golpe, daqueles que tem na direita a raiva e a sustentação de uma sociedade dividida, separada e segregada.