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domingo, 24 de maio de 2015

A Árvore do Conhecimento

Esta semana tivemos um tarefa bem interessante, solicitada na interdisciplina de Corporeidade e Epistemologia, pelo professor Clézio Gonçalves. A leitura do texto de Maturana. O livro, "A árvore do Conhecimento",  que por sinal havia comprado há alguns anos,  na feira do livro de Porto Alegre, apareceu de novo,e  agora na Pedagogia. A leitura é essencial em nosso processo de reconhecermo-nos como seres que relativamente estão  inseridos num meio, e num processo de integração de coordenações de saberes. E isso é plenamente aplicável à nossa realidade em sala de aula, desde o momento que lá ( na sala de aula), temos os mais diversos organismos com suas estruturas autopoiéticas individuais, oriundas de outros meios com suas dinâmicas integracionais próprias!
Deixo um trecho de Maturana para refletirmos nosso papel de educadores e aprendentes nesse universo complexo de conexões!
A cosmovisão sobre o universo humano que aqui se apresenta nos mostra que ela é coroada com a mesma concepção ética  que nos faz refletir na condição humana como uma natureza cuja evolução e realização está no encontro do ser individual com sua natureza última, que é o ser social. Portanto, se o desenvolvimento individual depende da interação social, a própria formação, o próprio mundo de significados em que se existe, é função do viver com os outros. A aceitação do outro é então o fundamento para que o ser observador ou autoconsciente possa aceitar-se plenamente a si mesmo. Só então se redescobre e pode se revelar o próprio ser em toda a imensa extensão dessa trama interdependente de relações que conforma nossa natureza existencial de seres sociais, já que, ao reconhecer nos outros a legitimidade de sua existência (mesmo quando não a achemos desejável em sua atual expressão), o individuo se encontrará livre também para aceitar legitimamente em si mesmo todas as dimensões que atualmente possam ocorrer em seu ser e que têm sua origem precisamente no todo social. Isso liberta nossas relações (e convenções) sociais de um imenso e pesado fardo "original", reconciliando-nos de passagem com a própria vida, por ser essa reflexiva viragem um retorno a si mesmo, por meio de um reencontro com o restante da própria humanidade.



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