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terça-feira, 6 de março de 2018

Construção Teórica do Conhecimento - Escolas Democráticas


Ontem, 5 de março, demos início a  mais um semestre letivo no PEAD, e com ele, iniciamos nosso 7º eixo, na interdisciplina de Seminário Integrador, orientado, mais uma vez pela professora Simone Charczuk, a qual nos apresentou alguns pontos importantes que nortearão nossa etapa, durante este percurso.Começamos então, por assistir a um curta metragem dinamarquês, chamado "democratic schools", dirigido por Jan Gabbert, onde observamos as cenas de uma escola e seu dia a dia, sua disposição, cronometria, a forma como as aulas eram ministradas e a postura dos alunos, bem como de seus mestres. Além disso, é possível extrair desse filme a essência das escolas "democráticas" do mundo inteiro, pois se parecem com quase todas as escolas que conhecemos. E, apesar do nome remeter a um ambiente de liberdade e como o próprio já diz: escola democrática; ainda assim, percebemos que algumas ideias estão arraigadas e altamente posicionadas no modelo da educação conservadora e restritiva, com suas mesmas figuras e cenários inalterados.Após assistirmos ao curta, nos foi sugerido que fizéssemos uma relação de palavras-chave, as quais nos remetessem aquilo que entendíamos como conceitual em relação à mensagem transmitida pela animação. Assim, propusemos em pequenos grupos, primeiramente, uma  pequena síntese e, em seguida, desmembramos essa síntese em palavras que  nos dessem um aporte mais objetivo sobre os conceitos transmitidos pelo filme.
Desta forma, foram sugeridos muitos conceitos-chave que representavam as leituras feitas pelos  grupos e com eles, portanto, vieram termos como: educação bancária, o que imediatamente nos reporta à teoria freiriana, observadas na pedagogia diretiva, bem como às ideias propostas por Becker e a pedagogia relacional.
Além disso, foi proposta pelo grupo de Daniela e Alessandra, a relação do curta, numa abordagem histórico-dialética, com o texto Maquinaria Escolar, de Júlia Varela e Fernando Alvarez-Uria, onde encontram no texto uma versão sociológica do aparato escolar e sua criação como posição social que acompanha a humanidade por séculos.

"Que caracteriza fundamentalmente esta instituição que ocupa o tempo e pretende imobilizar no espaço todas as crianças compreendidas entre seis e dezesseis anos? Na realidade esta maquinaria de governo da infância não apareceu de súbito, mas, ao invés disso, reuniu e instrumentalizou uma série de dispositivos que emergiram e se configuraram a partir do século XVI. Trata-se de conhecer como se montaram e aperfeiçoaram as peças que possibilitaram sua constituição" (VARELA, ALVAREZ-URIA, 1992, P. 1).

O objetivo deste exercício, relacionado à exposição do curta, é que pensemos de forma teórica e que possamos elencar os mais diversos aprendizados e correntes estudadas até aqui na construção de nossas próprias conceituações e posicionamentos analíticos frente às questões que nos são apresentadas.
Finalmente, e observado pelas alunas e professoras, a construção do arcabouço teórico depende não só de nossas visões e valores de mundo, os quais vão tomando forma, ao longo de nossa moldagem acadêmica, mas também parte da quebra de paradigmas que nos sustentam e nos reformulam no caminho de nossas transformações pessoais em nível estudantil e profissional.

Fontes: https://youtu.be/Rumvh3QnL38
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/35060628/A_maquinaria_escolar.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1520357368&Signature=B4XT8%2F0DgiSRy1LIUjVuF6ctSuI%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DA_maquinaria_escolar.pdf




Um comentário:

  1. Olá, Alessandra, este curta, nos orienta, norteia, para o seguimento de nosso eixo, o da leitura, de nos aperfeiçoar cada vez mas na escrita, nos norteando com teorias, alinhava-las nas nossas reflexões.
    Abraços

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