Quero compartilhar essa reflexão, proposta para a interdisciplina de Didática, a respeito da avaliação - tema tão debatido entre educadores e tão controverso entre no âmbito educacional.
A avaliação deve ser entendida como um processo e, se pensarmos o objetivo primordial do seguimento ensino-aprendizagem, de que serve a avaliação senão promover o saber de nossos estudantes, respeitando suas diferenças e habilidades?
Assim, proponho uma análise em cima do texto de Ferreira (2009), que aborda as mais diversas faces e fases do processo avaliativo, tema que vem sendo discutido há muito tempo, por educadores e especialistas na área da educação. Assim, como professores e mediadores da aprendizagem, pensar reflexivamente a avaliação é um exercício para nosso próprio auto-conhecimento.
A autora, portanto, sugere que pensemos para quê e para quem servem os processos avaliativos a que estamos institucionalmente atrelados, criando os momentos "ritualísticos" como denomina em seu texto, observando que até mesmo a disposição em que dispomos os alunos em sala de aula, de forma a classificá-los não só em seu desempenho cognitivo, por meio de testes e provas, que resumem todo o conhecimento aprendido em uma só forma classificatória, mas também a disposição física, lembrando mais uma vez, da militarização com que tais métodos são aplicados.
Além disso, destacamos outro ponto pertinente à avaliação, que é a forma unilateral com que é sempre proposta, ou seja, sempre o professor, suposto detentor do "saber", é quem operacionaliza tal fato, classificando seus estudantes de forma a coletar dados quantificáveis para os padrões institucionais.
A avaliação, portanto, deveria ser algo que propusesse um encontro com o processo ensino-aprendizagem, e não um momento estanque, que se estabelece de forma vertical; colocando à reflexão.., também a metodologia do professor e da instituição, e não apenas do educando.
É necessário, porém, que saiamos do método tradicional e mais fácil de olharmos para nossos alunos, como nos momentos estanques de avaliação, propostos por provas e trabalhos que, muitas vezes, colocam em cheque até mesmo o psicológico dos estudantes, cobrando deles um conhecimento também estagnado, que não se relaciona com o processo e o tempo de cada um.
Isso, obviamente, exige do educador muito mais elementos de bases conceituais que sustentem sua ideologia pedagógica, que façam com que olhe o aluno, como sujeito histórico e dialético, no processo de avaliação, considerando toda a aquisição, tempo e empenho, naquilo que propomos como objetivo para nossa práxis em sala de aula.
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