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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A onda

Hoje em minha escola, tivemos toque de recolher! Sim, nunca pensei que fosse ouvir isso; não aqui, na minha Porto Alegre da "paz"; da maneira que está acontecendo, não só aqui mas em nossas cidades por todo o Brasil. Quando peguei minha filha na escola, ela me pergunta: "mãe, qual foi a última vez que tu lembra de ter ouvido toque de recolher?" Falei: na verdade, eu mesma não convivia ou sabia da naturalidade desse termo, mas meus pais, sim! Os adultos em geral, na minha infância, falavam sobre isso e no meu imaginário, sabia que não era algo bom ou que as pessoas à volta sentissem algum conforto com aquilo.
Hoje, nosso toque de recolher é determinado por bandidos e traficantes que articuladamente mandam e autorizam ataques coordenados nas cidades e capitais!  Ações feitas diretamente de dentro dos presídios. E nós, que temos "liberdade", estamos aqui,  presos em nossas casas, nossas crianças impossibilitadas, muitas vezes de irem às escolas, pais e mães deixando de trabalhar.
Tudo isso, todo esse tsunami de violência a que estamos expostos, especialmente em nossa capital, a mais meridional do país, no Estado que foi celeiro do Brasil, na terra dos gaúchos..., o crime tomou conta! E de forma mais séria do que podemos pensar!
Fazendo  alusão ao filme "A Onda", proposto na disciplina de Psicologia,  podemos entender como a onda pode ser tantos movimentos sociais e consequentemente psicológicos a que nos definimos como povo, sociedade e ser habitante deste planeta! Confinamos nossas vidas ao medo coletivo, ao  pânico desenfreado e  à depressão por detràs dos muros de nossas casas, que cada vez mais altos, nos aprisionam, cada vez mais cercados, nos alienamos! Até a próxima onda...

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